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Alunos fazem propaganda de droga na escola Vila Irmã Dulce

Unidade na Vila Irmã Dulce tem casos de consumo de drogas. Professores dizem que são ameaçados por alunos.

O corpo docente da escola municipal Dom Helder Câmara, localizada na Vila Irmã Dulce, está amedrontado com a onda de violência que assola a unidade desde o início do ano. Apesar de o número de casos ter caído em comparação ao primeiro semestre, o medo ainda é uma constante na vida dos professores.

Imagem: ReproduçãoEscola municipal Dom Helder Câmara(Imagem:Reprodução)Escola municipal Dom Helder Câmara
Uma professora do EJA do turno da noite, que não quis se identificar, afirmou que nos seis primeiros meses alunos chegaram a fazer propaganda explícita de venda de drogas dentro da escola. “Eles chegaram a colocar cartazes em várias salas de aula com os dizeres ‘vende-se maconha, crack e prostituta a R$ 5’. Eu não podia fazer nada com medo de ameaças. É difícil conviver assim, correndo risco de morte. Já pedi transferência, mas até agora não me deram”, declarou.
Imagem: ReproduçãoA funcionária relata ainda que há alunos chefes de gangue.(Imagem:Reprodução)A funcionária relata ainda que há alunos chefes de gangue.
A funcionária relata ainda que há alunos chefes de gangue e traficantes cujo objetivo de estar na escola não é estudar. “Eles chegam atrasados, atrapalham os outros alunos que querem estudar. Às vezes estão drogados e eu simplesmente não posso fazer nada. Minha mãe ora todos os dias para eu sair daqui”, afirma.
Imagem: ReproduçãoVandalismo(Imagem:Reprodução)Vandalismo
Ameaça

Outra professora do programa Mais Educação afirma que foi ameaçada de rapto. “Eles disseram que eu tinha que tomar cuidado, se não eles iam pegar meu carro e me levar pras ‘quebradas’ porque eu fui chamar a atenção de três alunas que saíram no meio da aula para fora da escola. Agora quando eles estão na porta, eu espero todos os professores saírem e também chamo o vigia para me acompanhar”, disse a docente que dá aula para pré-adolescentes de 12 e 13 anos.

Invasão

Outra professora, que está há 15 anos na escola, teve sua sala invadida por um ex-aluno de 13 anos e por pouco não foi assaltada. O adolescente a reconheceu e não praticou o crime. “Ele pulou o muro e chegou na minha sala. Quando me viu, ficou surpreso e disse meu nome. Eu ainda questionei o que ele estava fazendo, mas ele saiu correndo. Com certeza, foi para roubar os pertences dos professores mas como eu dei aula para ele por quatro anos ele não fez nada. Nós queremos segurança. Policiamento ostensivo para que os desocupados que ficam na praça em frente à escola não ameacem nem a gente nem aos alunos”, desabafa.

Os docentes sugerem que policiais fiquem nos arredores da escola na entrada e saída de todos nos períodos da manhã, tarde e noite. Os representantes se reuniram com o comandante da PM, coronel Gerardo Rebelo, na manhã de hoje (6).





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