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Carreta "Ponto Final da Hanseníase" passa por Picos

Atendimentos acontecem durante esta quarta-feira (01).

Pela terceira vez a Carreta “Ponto Final da Hanseníase” passa pela cidade de Picos. A mesma é uma parceria entre Governo Federal e prefeituras, onde o objetivo é desmistificar o preconceito contra a doença e orientar a população. Em Picos existe uma coordenadoria junto à Secretaria de Saúde, de combate à hanseníase.

De acordo com Gilberto Valentim, coordenador do programa no município, na passagem da carreta em 2014 73 pessoas foram atendidas e cinco casos da doença foram diagnosticados. Nesta manhã, até o momento em que o Folha Atual esteve no local, dois casos já haviam sido notificados. Espera-se que até o final do dia, quando encerrar o atendimento, pelo menos cem pessoas sejam atendidas.

Diariamente as pessoas podem procurar o PAM – Posto de Atendimento Médico que é o centro de referência para atendimento da população, além disso, todas as Unidades Básicas de Saúde de Picos também estão preparadas para receber pacientes que tenham suspeita da doença. Caso a doença se confirme, todo o tratamento é gratuito e deve ser iniciado tão logo a doença seja diagnosticada.

Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infecciosa, curável, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium Leprae. A transmissão da doença se dá através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Não há transmissão pelo contato com a pele do paciente. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.

O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração.

O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista e envolve a avaliação clínica do paciente com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos. O exame identifica se a hanseníase é paucibacilar, com pouco ou nenhum bacilo; ou multibacilar, com muitos bacilos.

O Tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nas formas mais brandas (paucibacilar) demora em torno de seis meses, já nas formas mais graves (multibacilar) o tempo é de um ano ou mais. É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.

A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la.
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