Viagora

Cícero Magalhães critica terceirização e deputados discordam

O deputado Cícero Magalhães (PT) abordou o assunto em sessão na última quinta-feira (23).

Durante a sessão plenária da última quinta-feira (23), na Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi), o polêmico assunto da terceirização irrestrita, que divide opiniões no Brasil foi abordado pelo deputado Cícero Magalhães (PT), único orador do dia.

O deputado lamentou a nova sistemática de contratação de trabalhadores no país, aprovada no Projeto de Lei 4302/98, na quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados em Brasília, “Eu fico a perguntar qual a negociação, o que o trabalhador vai ter direto de negociar com seu empregador no momento da contratação? Justamente no momento em que o Brasil tem 14 milhões de desempregados, é como você colocar para negociar o animal que está na fila para abate. O trabalhador entra com o pescoço e o patrão com a guilhotina. Não tem salvação”. disse.

Durante sua fala Magalhães disse entender que a terceirização irrestrita acaba com toda a legislação trabalhista que havia e com as garantias conquistadas durante quase um século pela classe trabalhadora brasileira. “O trabalhador não vai ter mais direito a 13º salário, não tem direito ao FGTS, não tem direito aposentadoria, não tem mais direito à licença maternidade, no caso das mulheres...não tem direito a mais nada. Isso é desumano, é ferir de morte os direitos dos trabalhadores. É vergonhoso o que foi feito ontem”, comentou o deputado.

  • Foto: Divulgação/AlepiDeputado estadual Cícero Magalhães (PT)Deputado estadual Cícero Magalhães (PT)

Já para o deputado estadual Edson Ferreira (PSD), a carga trabalhista brasileira é a maior do mundo. “Nossa legislação trabalhista é de 1940, portanto, existe há quase 80 anos. Não sou contra os direitos trabalhistas não, mas sou a favor da reforma e respeitando antecipadamente a opinião do deputado, mas os encargos são muito altos, o que faz com que a informalidade aumente", acredita.

Edson Ferreira ainda fez uma comparação, "em regra geral se você tem uma quitanda e coloca um funcionário para trabalhar em cinco anos, quando terminar o contrato, você vende a quitanda e não paga os direitos trabalhistas dele”, relatou. 

Os deputados Aluísio Martins, João de Deus (PT) e Dr. Pessoa (PSD), também falaram durante a sessão, os três se disseram contra a terceirização de todas as atividades nas empresas, públicas ou privadas do Brasil.

Facebook
Veja também