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Delegados regionais deixam cargos e 99 cidades do Piauí são afetadas

Medida prejudica atendimento de ocorrências e deslocamentos em cidades cumuladas.

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Piauí (Sindepol) emitiu nota informando que foi realizada oficialmente a entrega de 19 cargos de delegados regionais, atingindo 99 cidades do Piauí. Os cargos são de confiança, por indicação, por isso podem ser entregues.

Com a medida, os delegados não devem mais realizar deslocamentos para as cidades cumuladas sem decisões judiciais.

“Para que a população não seja totalmente desguarnecida, acordaram em realizar lavraturas de flagrantes das cidades cumuladas, caso sejam apresentados na sede na qual estarão lotados, ficando o atendimento de expediente diário das cidades cumuladas a cargo e sob a responsabilidade da Delegacia Geral de Polícia Civil”, informou nota.

  • Foto: Divulgação/SindepolDelegados do Piauí protestam em frente ao Palácio de KarnakDelegados do Piauí protestam em frente ao Palácio de Karnak

Em maio, o responsável pela Delegacia Regional de Picos, delegado Jônatas Felix, informou que entregaria o cargo por conta da falta de estruturas e acúmulo de funções para funcionamento mínimo. A Delegacia Regional de Picos atualmente atende a cidade e mais outros 15 municípios da região.

"A gente lamenta, mas não tem mais como um delegado dar conta de 10 cidades, quando o outro entra de férias, toma conta de 20. E a população como é que fica? Aí vem anunciar um concurso para 2019. Em 2019 já é outro governo. Outra coisa a deficiência é para ontem, não é para daqui a dois anos não”, disse a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Piauí (Sindepol), delegada Andrea Magalhães.

O Sindepol destacou que em 2015, através de negociação entre o Governo e o sindicato, foi assinado um termo formal para manutenção dos serviços que já eram prestados, condicionado ao compromisso, por parte do Estado, de encaminhamento de Projeto de lei à Assembleia Legislativa sobre o assunto. Após dois anos, o projeto ainda não teria sido enviado.

O sindicato ressaltou que a escassez de recursos reflete no crescimento da criminalidade no Piauí, e se dizem abertos a negociações com o governador Wellington Dias acerca do impasse.

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