Falta de estrutura nos postos fiscais reduz arrecadação do Estado

A falta de investimentos na estrutura dos postos fiscais da Secretaria de Fazenda vem provocando a queda na arrecadação estadual. A afirmação é do diretor do Sindicato dos Técnicos Fazendários do Piauí - Sintfepi, Flaviano de Santana, que apresentou um relatório à categoria, durante Assembleia Geral realizada nesta quinta-feira (22), no auditório do Conselho do Contribuinte, na Secretaria de Fazenda.

"Nos últimos três anos houve um abandono dos postos, que não receberam novos investimentos. Quando não se investe na máquina de arrecadar o Estado é quem perde. Além disso, precisamos da contratação imediata de mais técnicos", disse. O objetivo desse encontro era apresentar o relatório e discutir as principais reivindicações dos servidores.

Segundo Flaviano, as informações já foram repassadas ao atual secretário de Fazenda, Rafael Fonteles. Entre as prioridades, está a aprovação do projeto que exige Nível Superior para o cargo de Técnico Fazendário, já aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa. Com a aprovação em segunda votação, o projeto seguirá para a sanção do governador do Estado, Wellington Dias.

A realização de concurso público também está entre as prioridades dos técnicos. Porém, a categoria espera que o próximo edital já exija o nível superior para o exercício do cargo. Atualmente, o Piauí possui 1.100 técnicos fazendários na ativa, sendo que há a necessidade de contratação imediata de pelo menos 150 novos profissionais.

"O último concurso público foi realizado em 2001. Também estamos pedindo uma maior participação dos técnicos na gestão e cobramos isso do secretário. Temos muitos técnicos capacitados para ocupar funções importantes na secretaria e isso demonstra uma valorização profissional da categoria", destaca Flaviano.

Junto com a contratação de mais técnicos, o diretor afirma que é preciso reforçar as blitzen que dão suporte aos postos fiscais, com a compra de mais veículos. "São essas ações que vão ajudar a reduzir a sonegação, melhorar a fiscalização e a arrecadação dentro do Estado", finaliza Flaviano.