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Mais de 4 mil professores estão em funções administrativas

As disciplinas estão comprometidas por conta de carga horária incompleta, as mais prejudicadas são química, física e matemática

A diretora da Unidade de Gestão de Pessoas (UGP) da Secretaria Estadual da Educação, Francisca Mascarenhas, disse que mais de 4.000, de um total de 14.000 professores da rede estadual, não estão em sala de aula porque cumprem outras funções dentro da escola, como direção, supervisão ou coordenação.

Francisca Mascarenhas explica que esses profissionais que atualmente ocupam cargos administrativos nas escolas não poderiam ser realocados para sala de aula, porque outros setores dentro das unidades ficariam sem gerenciamento. “Têm escolas de tempo integral que precisam de dois diretores, de coordenadores e supervisores. Se não colocarmos professores nesses cargos, elas também serão prejudicadas”, frisou a diretora.

Sobre a denúncia do Sinte de que 90% das escolas estaduais estejam com falta de professores, a diretora da UGP nega que seja verdade. Ela afirma que o que acontece é que muitas unidades estão com disciplinas comprometidas por conta de carga horária incompleta, mas que as aulas estão sendo ministradas. Segundo ela, as disciplinas mais prejudicadas são: química, física, matemática, espanhol e inglês.

“Um professor, por exemplo, tem que cumprir uma carga horária de 20h, mas ele só dá 13h, porque as outras 7h ele tem que complementar com atividades pedagógicas. Aí fica um buraco. Precisamos de pessoas para fechar isso”, esclareceu.

Para solucionar esse problema, Francisca afirmou que a Secretaria da Educação (Seduc) está com teste seletivo em andamento para cadastro de reserva e pretende chamar, ainda esta semana, 100, dos 700 aprovados no último concurso feito pelo governo do Estado. Outra medida adotada foi pagar hora extra para os profissionais poderem completar as cargas horárias em falta.

Outra medida que está sendo estudada para solucionar a questão é a contratação de gestores escolares para os cargos de direção ou coordenação. “Já até conversamos sobre isso, mas essa deve ser uma decisão do Governo. Por enquanto, na falta desses profissionais, quem cobre é o professor”, finalizou Francisca Mascarenhas.
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