Projeto de pesquisadores piauiense é reconhecido como exemplo para a Europa

O projeto de pesquisadores da cidade de Campo Maior "Diagnostico e Acompanhamento dos Casos de Hanseníase nas Unidades Básicas de Saúde" foi reconhecido na última semana pelo governo da Bélgica – centro do poder da União Europeia – como trabalho científico de grande importância para o continente europeu neste ano de 2015.

Ao desenvolverem no estado do Piauí ações de combate a hanseníase e buscar melhor qualidade de vida aos portadores da doença, o projeto chamou atenção das autoridades europeias ao participar da Expo-Science Internacional (ESI MUNDI), em Bruxelas. Ao lado de outros nove, os pesquisadores de Campo Maior se destacaram entre os 400 projetos de pesquisa que participaram do evento.

"Ao todo participaram da ESI MUNDI 400 projetos de mais de 60 países. E a nossa proposta de combate a hanseníase no Piauí atraiu o governo belga, que nos selecionou juntamente com outros nove trabalhos para servir de exemplo para a Europa, que esse ano de 2015 tem o lema: Desenvolvimento e Relevância Social", explica a orientadora da pesquisa piauiense Silvana Orsano.

Diagnóstico e Acompanhamento de Hanseníase ganhou destaque mundial ao lado de pesquisadores de México, Marrocos, Espanha, Colômbia, Canadá e Bélgica. A pesquisadora Nazaré Andrade revela a satisfação de estar entre os melhores do evento internacional.

"Faltam até palavras para revelar a satisfação de ser escolhido como exemplo para todo um continente. Isso só reafirmou que nossa intervenção social alcança seu verdadeiro objetivo de combate à hanseníase. O que desenvolvemos em nossa cidade agora é reconhecido pelo mundo", afirmou.

"A simplicidade das nossas ações é o diferencial. Ações de combate que objetivam reduzir a longo prazo os números da doença no município. E esse reconhecimento só nos motivou ainda mais a intensificar os trabalhos. O prêmio é muito significante, assim como melhorar a qualidade de vida das pessoas", finalizou o também pesquisador Otávio Neto.
O trabalho científico iniciou quando os dois pesquisadores estudavam no Centro de Ensino Profissionalizante de Tempo Integral (CEPTI) Cândido Borges Castelo Braco. Mesmo após deixarem o ensino médio, os pesquisadores seguem com o projeto.