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Sessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964 no Brasil e no Piauí

O deputado Merlong Solano foi o primeiro a falar, destacando que o objetivo do evento que estava sendo promovido era apenas marcar a instalação do regime militar no Brasil.

Atendendo requerimento conjunto dos deputados Merlong Solano e Fábio Novo, ambos do PT, a Assembleia Legislativa realizou na manhã desta quarta-feira(01) sessão solene especial para marcar os 50 anos de implantação da ditadura militar, cujo golpe foi dado no dia 31 de março de 1964. Estudantes de várias escolas lotaram as galerias portando faixas e cartazes com a frase “Ditadura Nunca Mais”.
Imagem: DivulgaçãoSessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964(Imagem:Divulgação)Sessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964

A sessão foi aberta pelo deputado Themístocles Filho (PMDB), que chamou para compor a mesa os ex-deputados Celso Barros (PMDB), Elias Ximenes (PDT) e Antônio José Medeiros (PT); os professores Fonseca Neto, Audi Nunes, M. Damasceno; conselheiro do TCE, Olavo Rebelo (PT); Novinha Nunes, coordenadora nacional do Movimento dos Direitos Humanos; e a presidente do PT, Regina Sousa.
Imagem: DivulgaçãoSessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964(Imagem:Divulgação)Sessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964

O deputado Merlong Solano foi o primeiro a falar, destacando que o objetivo do evento que estava sendo promovido era apenas marcar a instalação do regime militar no Brasil, “mas para servir de exemplo para que seja copiado e debatido nas escolas, universidades e casas legislativas como forma de preservar a memória e não apenas para chorar o passado”.
Imagem: DivulgaçãoSessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964(Imagem:Divulgação)Sessão solene na Alepi relembra os 50 anos do Golpe Militar de 1964

Merlong também destacou o papel de todos que ajudaram na transição da ditadura, independente da cor partidária. “Temos o intelectual Fernando Henrique Cardoso, que lutou pela redemocratização; o Lula, que representou o movimento sindical e a presidenta Dilma, que sentiu na própria pele os efeitos do regime militar e fechou o ciclo da implantação da democracia no Brasil.”

Em seguida falou o professor Pedro Laurentino, que já foi vereador de Recife(PE) e Teresina(PI), em pleno regime militar e que levantou questionamentos instigantes sobre o nosso comportamento em assuntos vinculados à ditadura. Perguntou, por exemplo, porque não havia uma homenagem sequer aos revolucionários que combateram a ditadura mas apenas aos ditadores.
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“Temos aqui em frente da Assembleia a avenida Marechal Castelo Branco mas não temos um logradouro público sequer com o nome de Vladimir Herzog ou outro mártir. O que não faltam são escolas com nomes de generais presidentes”, lamentou Laurentino. Ele sugeriu que algum vereador apresente projeto trocando o nome da avenida Marechal Castelo Branco para avenida João Goulart.

Para Laurentino, “falar da ditadura não é chover no molhado porque este molhado é de sangue. É um resgate da memória, não é discutir o passado e sim o presente”.
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