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Ainda Estou Aqui vence Oscar de melhor Filme Internacional de 2025

É a primeira vez que uma obra do Brasil ganha o prêmio, dado nesta categoria aos longa-metragens produzidos fora dos Estados Unidos e com diálogos predominantemente em uma língua diferente do inglês.

Na noite desse domingo (02), o filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, segundo decidiu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que deu a estatueta à produção brasileira.

"Esse filme vai para uma mulher que, após uma perda enorme por um regime autoritário, decidiu não se render: Eunice Paiva", discursou Salles, que dedicou o prêmio às duas atrizes que encarnam a viúva na produção: Fernanda Torres e a mãe dela, Fernanda Montenegro.

É a primeira vez que uma obra do Brasil ganha o prêmio, dado nesta categoria aos longa-metragens produzidos fora dos Estados Unidos e com diálogos predominantemente em uma língua diferente do inglês. A crítica destaca a autenticidade do filme brasileiro e a transformação de Eunice, interpretada por Torres, cuja busca incansável por justiça e fechamento ao longo de quatro décadas impulsiona a narrativa.

Para Walter Salles, não é um filme que está sendo reconhecido, e sim toda a cinematografia brasileira. "Esse filme, mais do que qualquer outro que dirigi, foi feito para oferecer um reflexo do Brasil em um momento complexo de sua história, para o público brasileiro. Esse é o propósito do filme. Depois vêm os prêmios que o filme pode vir à receber, ou não", disse o cineasta.

O Brasil também havia chegado perto da estatueta nessa categoria com O Pagador de Promessas (1963), O quatrilho (1996), O que é isso companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999), todos indicados. Cidade de Deus (2004) também concorreu ao prêmio e a outras quatro categorias: Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Fotografia e Melhor Roteiro Adaptado, mas não levou nenhum. Portanto, a conquista de Ainda Estou Aqui é histórica.

Com informações BBC News Brasil.

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