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"Acredito que Lula tem direito de ser candidato", diz Eduardo Cunha

O ex-deputado divulgou uma carta em sua página oficial no Facebook nesta sexta-feira (17). Eduardo Cunha disse que Lula jamais pode ser impedido de disputar.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, divulgou uma carta em sua página oficial no Facebook nesta sexta-feira (16) comentando sobre o atual cenário eleitoral. Mesmo julgando-se como “maior adversário do PT e o principal responsável por sua queda”, Cunha defendeu a candidatura de Lula, condenado e preso na Operação Lava Jato, à Presidência da República.

  • Foto: Antônio Cruz/ Agência BrasilEx-presidente da Câmara Eduardo CunhaEx-presidente da Câmara Eduardo Cunha

“Como defensor da democracia, acredito que lula tem direito de ser candidato, pois quem deve julga-lo é a população”, escreveu.

“Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar”, defendeu.

  • Foto: Facebook/Francisco LimmaEx-presidente Lula.Ex-presidente Lula.

O ex-deputado disse, ainda, que a situação do país é muito difícil e a eleição não acabará com a crise. Disse, também, que qualquer candidato que saia vitorioso terá enorme dificuldade de governar.

“Chegamos a um momento muito difícil. O Congresso será eleito no pior dos modelos políticos, com voto individual, financiamento público e sem qualquer compromisso com a governabilidade. O eleitor precisa estar atento que alguns dos candidatos a presidente, se eleito forem, correm o risco de não durarem um ano de governo”, opinou Cunha.

Eduardo Cunha está preso desde 2016. Ele foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo juiz Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato. A investigação envolvia contas na Suíças abastecidas por propinas na Petrobras. O ex-deputado foi preso cerca de um mês depois de ter seu mandato cassado pela Câmara por quebra de decoro parlamentar.

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