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Advogados de Lula e Witzel são alvos de operação da PF

Entre os alvos da operação estão os advogados Cristiano Zanin, Roberto Teixeira, Ana Teresa Basílio e Frederick Wassef.

Em nova fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) realiza o cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (9). A operação é uma ação conjunta do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.

Os mandados estão sendo realizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Alagoas, Ceará e Pernambuco. Ao todo, 170 policiais participaram da ação, divididos em 44 equipes nas ruas. Os mandados foram expedidos pela 7º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro,

Entre os alvos da operação estão os advogados Cristiano Zanin, do ex-presidente Lula; Ana Tereza Basílio, do governador afastado do RJ, Wilson Witzel; e Frederick Wassef ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro.

Os três são suspeitos de participar de um esquema de desvio de dinheiro entre 2012 e 2018, que desviou um valor de R$ 355 milhões do Sesc-RJ (Serviço Social de Comércio), do Senac-RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio).

De acordo com a denúncia, do valor gasto com o pretexto de advocacia por serviços prestados à Fecomércio-RJ, no mínimo R$ 151 milhões foram desviados pelo esquema liderado por Orlando Diniz, Marcelo Almeida, Roberto Teixeira, Cristiano Zanin, Fernando Hargreaves, Vladimir Spíndola, Ana Tereza Basílio (advogada de Wilson Witzel), José Roberto Sampaio, Eduardo Martins, Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo – os 11 foram denunciados por organização criminosa.

Segundo a Polícia Federal, os suspeitos irão responder por tráfico de influência, exploração de prestígio, peculato, estelionato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Operação E$quema S

Segundo o MPF, as novas buscas e apreensões foram autorizadas devido a contratos advocatícios da Fecomércio-RJ, ora com denunciados ora com outros escritórios, pagos com verbas públicas do Sesc RJ e Senac RJ.

As autoridades também investigam a devolução em espécie para Orlando Diniz, por alguns denunciados e outros alvos da Operação E$quema S, de parte dos valores desviados daquelas entidades no Rio de Janeiro.

“Aportes em favor dos escritórios vinculados aos denunciados foram contemporâneos às aquisições de carros e imóveis de luxo no país e no exterior, em franco prejuízo ao investimento na qualidade de vida e no aprendizado e aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores do comércio no Estado do Rio de Janeiro, atividade finalística de relevantíssimo valor social das paraestatais”, afirmam os procuradores da Força-tarefa Lava Jato do Rio de Janeiro. 

  • Foto: Divulgação/MPFEsquema de desvio de verbasEsquema de desvio de verbas

Com informações do R7.

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