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Alta do dólar perde força após Mantega admitir que pode rever IOF

Bovespa acompanha exterior em pregão instável

 A valorização do dólar comercial perdeu força nesta quarta-feira depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu pela primeira vez, em entrevista ao GLOBO publicada hoje, que pode rever o uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para conter a alta da moeda americana. A primeira medida da lista a ser alterada deve ser o IOF sobre empréstimos no exterior com prazo inferior a cinco anos, segundo o ministro. Essas ações foram lançadas para evitar a valorização excessiva do real, mas essa tendência foi invertida com o agravamento da crise do euro. O dólar acompanha a queda nos mercados internacionais nesta quarta-feira e chegou a recuar 0,58% na mínima do dia ante o real, para R$ 2,053. Por volta de 13h07m, a divisa subia 0,19%, a R$ 2,069 para venda.

 

Hoje o dólar está seguindo o movimento internacional. Além disso, tem essa notícia de que o governo pode tirar o IOF para empréstimos (no exterior com prazo inferior a cinco anos), que mostra uma preocupação com a cotação da moeda — diz Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB do Brasil.

 

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanha os mercados internacionais em pregão volátil, em dia de vencimento de contratos futuros do Ibovespa que pode influenciar alta ou baixa do índice. Por volta de 13h07m, o Ibovespa, referência do mercado brasileiro, caía 0,02%, aos 55.040 pontos. Ao longo da sessão, chegou a cair 0,96% e a subir 0,45%.

 

O vencimento de (contrato futuro) do índice hoje injeta mais volatilidade no mercado em um dia já instável no exterior. Alemanha e Itália leiloaram papéis (títulos de dívida) com taxas (de juros) mais elevadas, o que ajudou a elevar o pessimismo dos mercados. O foco principal continua sendo a resolução de questões da zona do euro — avalia João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos.

 

Entre as ações mais negociadas, as preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras sobem 0,16%, a R$ 18,63, à espera de notícias da definição do próximo plano de investimentos da empresa, primeiro sob a gestão de Graça Foster, que pode ser decidido em reunião do conselho de administração nesta quarta-feira. As ordinárias (ON, com voto) da OGX Petróleo subiam 0,10%, a R$ 9,44, enquanto Vale PN recuava 0,13%, a R$ 37,67.

 

Em Wall Street, Dow Jones recuava 0,15%, enquanto S&P 500 perdia 0,23% e Nasdaq retrocedia 0,09%.

 

Os principais mercados europeus fecharam praticamente estáveis, com avanço significativo somente na Espanha. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,18%. Em Paris, o CAC 40 retrocedeu 0,55%. Em Frankfurt, o DAX teve perda de 0,14%. Em Madri, o IBEX 35 avançou 1,42%. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,65%.




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