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Bolsonaro descarta intervenção militar brasileira na Venezuela

“Não é nossa tradição [intervir] e entendemos que tem muito espaço ainda para ser negociado, de forma pacífica, o restabelecimento da democracia [na Venezuela]”, comentou Bolsonaro.

Nessa terça-feira, 30 de abril, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a negar que o Brasil participará de alguma intervenção militar na Venezuela, ainda que de forma indireta. A declaração foi feita pelo presidente em entrevista concedida à TV Band.

O assunto veio à tona depois que o autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, tentou articular a tomada do poder no país vizinho, com o apoio de alguns setores militares desertores do governo de Nicolás Maduro.

“A possibilidade [de o Brasil participar de uma ação militar] é próxima de zero, quase impossível. Não tivemos, até o momento, nenhum comunicado, por parte do governo americano, demonstrando que essa linha seria adotada por eles”, disse Bolsonaro. Segundo o presidente, ainda há espaço para uma solução negociada na Venezuela.

“Não é nossa tradição [intervir] e entendemos que tem muito espaço ainda para ser negociado para conseguir-se, de forma pacífica, o restabelecimento da democracia e devolver a liberdade aos nossos irmãos venezuelanos”, acrescentou.

Bolsonaro disse que, se o governo dos Estados Unidos quisesse usar parte do território brasileiro para uma intervenção armada na Venezuela, o assunto seria levado ao Conselho de Defesa Nacional. “Ele [Donald Trump] querendo usar o território brasileiro, eu convocaria o Conselho Nacional de Defesa, ouviria todas as autoridades do conselho e tomaria uma decisão. A hipótese de participarmos, mesmo que de forma indireta, de uma intervenção armada, é muito difícil, não vou dizer que é zero, mas é próxima de zero”, ressaltou.

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