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Brasileira detida na Rússia ganha liberdade provisória, diz Greenpeace

Ana Paula Maciel será 1ª estrangeira do grupo a ter liberdade concedida.

A ativista brasileira Ana Paula Maciel, detida há um mês na Rússia após protestar junto com outros 29 integrantes do Greenpeace em uma plataforma de petróleo no Ártico, ganhará liberdade provisória após pagamento de fiança, anunciou a organização ambientalista nesta terça-feira (19) em seu Twitter.

"Ana Paula Maciel vai ganhar liberdade provisória, sob fiança. A decisão acaba de ser anunciada em audiência. Mais detalhes em breve", diz o texto.

A brasileira será a primeira ativista estrangeira do grupo a ser libertada. Na segunda-feira (18), a Justiça russa concedeu possibilidade de fiança para outros três ativistas, todos russos: a médica Yekaterina Zaspa, o fotógrafo Denis Sinyakov e o porta-voz do Greenpeace Andrei Allakhverdov. Eles poderão sair mediante pagamento de 2 milhões de rublos cada (cerca de R$ 143 mil).

Por outro lado, o ativista australiano Colin Rusell teve sua prisão preventiva estendida por mais três meses. Segundo o Greenpeace, o grupo é acusado de vandalismo e pirataria.
Além disso, de acordo com a ONG, a Justiça russa ainda não divulgou quais serão as restrições para os ativistas em liberdade provisória. "Ainda não se sabe, portanto, se Ana Paula poderá deixar o país ou receber visitas. Os detalhes devem ser esclarecidos nos próximos dias. As autoridades também não justificaram o porquê de apenas alguns integrantes do grupo terem a liberdade concedida", diz o Greenpeace em nota.

"O pedido de fiança ter sido aceito para alguns de nossos amigos foi uma ótima notícia. Mas só vamos celebrar quando todos estiverem livres para voltar para casa e quando suas acusações forem retiradas", afirma no texto Mads Christensen, do Greenpeace Internacional.
A nota da ONG também cita a reação da mãe de Ana Paula, Rosangela Maciel, ao receber a sentença: "Esta é a mais bela notícia que eu recebo nos últimos dois meses, mas a Justiça só será feita quando todas as acusações absurdas forem derrubadas. Uma pessoa que só faz o bem pelo planeta, como minha filha, precisa ser reconhecida pelos seus atos, não acusada injustamente. Somente assim podemos ter fé no futuro".

O grupo do qual a brasileira faz parte foi primeiro detido em Murmansk e, na semana passada, transferido para São Petersburgo, onde ocorrerão as audiências até o fim desta semana. Os tribunais russos ainda vão decidir se mantêm ou libertam sob fiança os outros 26 tripulantes do navio "Artic Sunrise". A prisão provisória do grupo termina, em princípio, no dia 24 de novembro.

Na sexta-feira (15), o Greenpeace anunciou que o Comitê de Investigação russo queria manter os ativistas detidos por mais três meses.
Imagem: ReproduçãoBrasileira detida na Rússia (Imagem:Reprodução)Brasileira detida na Rússia
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