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Covid-19: Infectologistas não recomendam dexametasona em casos leves

No último dia 14 de junho, a Fundação Municipal de Saúde mudou o protocolo e passou a indicar o medicamento para tratamento de casos leves e moderados da doença.

No último dia 14 de junho, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Manoel de Moura Neto, aprovou uma alteração ao protocolo de tratamento para pacientes com Covid-19 na rede pública municipal,  acrescentando a recomendação do uso de dexametasona para casos leves e moderados da doença.

O órgão já recomendava o uso do medicamento em pacientes com a forma grave da doença, mas acabou por estender a indicação aos casos leves e moderados.

  • Foto: Divulgaçãomedicação contra covid-19medicação contra covid-19

Na última terça-feira (16), a Universidade de Oxford divulgou que estudos atestaram a eficácia do corticoide apenas em pessoas em estágios críticos da doença, que estavam respirando por meios artificiais. A instituição informou ainda que a dexametasona não se demonstrou eficácia no tratamento de pessoas que não precisaram de suporte de oxigênio, por isso, os cientistas não recomendaram a prescrição do medicamento em casos leves.

Seguindo os estudos publicados pela universidade britânica, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu na última sexta-feira (19) uma recomendação do uso de corticoides em pacientes com Covid-19 em estado grave, não estendendo a indicação para casos leves da doença.

Conforme apontado em levantamento feito pela revista Oeste, uma má administração do uso de corticoides pode ter consequências sérias para a saúde do paciente, como a redução da imunidade e até a complicação de doenças já existentes no paciente. 

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