CPI dos Correios não concluiu investigações de desvio de dinheiro
Em entrevista ao Estado, o deputado Osmar Serraglio (PMDB) falou sobre a obstrução dos trabalhos da comissão.
A blindagem do Palácio do Planalto para poupar petistas, em especial o ex-ministro José Dirceu, impediu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios de investigar o destino da totalidade dos R$ 55 milhões de recursos que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza disse ter contraído em empréstimos para o PT. A obstrução aos trabalhos da CPI dos Correios foi denunciada na quarta-feira, 25, ao Estado pelo relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
"Retiraram de nós toda a possibilidade de irmos atrás do destino do dinheiro", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos integrantes da CPI dos Correios, que foi instalada em 2005, logo depois das denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que parlamentares estavam sendo comprados para votar a favor de projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Uma das investigações que não chegaram ao fim, segundo Lorenzoni, foi o empréstimo feito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PT. A dívida foi paga pelo ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto sem que Lula soubesse. Ou, pelo menos, que dissesse que não sabia. Também não houve avanço nas investigações envolvendo a empresa Gamecorp, na época de propriedade de um dos filhos de Lula, com o esquema do "mensalão".
"Foi feita uma blindagem geral aos principais petistas que apareceram ao longo das investigações", resumiu o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que foi sub-relator da CPI dos Correios. Segundo ele, o governo passou a atuar "com mais força" do meio para o fim dos trabalhos da comissão, depois do depoimento do publicitário Duda Mendonça, que confessou ter recebido dinheiro no exterior como pagamento pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. "No começo da CPI, o governo estava desarticulado", lembrou.
Assim como o relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) também está certo de que a atuação da tropa de choque do governo impediu que a CPI dos Correios obtivesse provas do destino do dinheiro usado para pagar o chamado "mensalão". A estratégia usada pelo governo foi criar a CPI da Compra de Votos, conhecida como "mensalão", totalmente controlada por governistas. "Foi uma CPI que não levou a lugar nenhum", argumentou Lorenzoni.
Na época, a oposição tentou reagir na CPI dos Bingos, que ficou conhecida como a "CPI do fim do mundo". Mas também acabou não conseguindo levar à frente as investigações sobre o ex-ministro José Dirceu e empréstimo feito a Lula pelo PT e pago pelo ex-presidente do Sebrae, Paulo Okamoto. "O governo não deixou quebrar o sigilo do Okamoto de jeito nenhum", recordou Lorenzoni.
Em entrevista ao Estado, Serraglio afirmou que o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi um dos personagens mais "protegidos" por uma tropa de choque do PT, que atuava na CPI dos Correios. Segundo o relator, Dirceu supostamente contava com uma "tropa de choque" formada pela então senadora Ideli Salvatti (hoje ministra das Relações Institucionais), e pelos então deputados federais Jorge Bittar (PT-RJ) e Carlos Abicalil (PT-MT). O Estado procurou deputados e senadores petistas que participaram da CPI dos Correios para responder às informações de que o governo blindou José Dirceu durante as investigações da comissão. Ninguém quis fazer comentários. Há no PT a disposição para não falar do assunto.
"Retiraram de nós toda a possibilidade de irmos atrás do destino do dinheiro", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos integrantes da CPI dos Correios, que foi instalada em 2005, logo depois das denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que parlamentares estavam sendo comprados para votar a favor de projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Uma das investigações que não chegaram ao fim, segundo Lorenzoni, foi o empréstimo feito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PT. A dívida foi paga pelo ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto sem que Lula soubesse. Ou, pelo menos, que dissesse que não sabia. Também não houve avanço nas investigações envolvendo a empresa Gamecorp, na época de propriedade de um dos filhos de Lula, com o esquema do "mensalão".
"Foi feita uma blindagem geral aos principais petistas que apareceram ao longo das investigações", resumiu o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que foi sub-relator da CPI dos Correios. Segundo ele, o governo passou a atuar "com mais força" do meio para o fim dos trabalhos da comissão, depois do depoimento do publicitário Duda Mendonça, que confessou ter recebido dinheiro no exterior como pagamento pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. "No começo da CPI, o governo estava desarticulado", lembrou.
Assim como o relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) também está certo de que a atuação da tropa de choque do governo impediu que a CPI dos Correios obtivesse provas do destino do dinheiro usado para pagar o chamado "mensalão". A estratégia usada pelo governo foi criar a CPI da Compra de Votos, conhecida como "mensalão", totalmente controlada por governistas. "Foi uma CPI que não levou a lugar nenhum", argumentou Lorenzoni.
Na época, a oposição tentou reagir na CPI dos Bingos, que ficou conhecida como a "CPI do fim do mundo". Mas também acabou não conseguindo levar à frente as investigações sobre o ex-ministro José Dirceu e empréstimo feito a Lula pelo PT e pago pelo ex-presidente do Sebrae, Paulo Okamoto. "O governo não deixou quebrar o sigilo do Okamoto de jeito nenhum", recordou Lorenzoni.
Em entrevista ao Estado, Serraglio afirmou que o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi um dos personagens mais "protegidos" por uma tropa de choque do PT, que atuava na CPI dos Correios. Segundo o relator, Dirceu supostamente contava com uma "tropa de choque" formada pela então senadora Ideli Salvatti (hoje ministra das Relações Institucionais), e pelos então deputados federais Jorge Bittar (PT-RJ) e Carlos Abicalil (PT-MT). O Estado procurou deputados e senadores petistas que participaram da CPI dos Correios para responder às informações de que o governo blindou José Dirceu durante as investigações da comissão. Ninguém quis fazer comentários. Há no PT a disposição para não falar do assunto.
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