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Dudu quer ouvir ex-gestores da Strans na CPI sobre acordos judiciais

O vereador, que é presidente da CPI do Transporte Público, quer que ex-gestores da Strans sejam ouvidos para explicarem os acordos judiciais feitos com as empresas.

Nessa terça-feira, 25 de maio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, instaurada na Câmara Municipal de Teresina, deu continuidade às oitivas ouvindo o depoimento de mais dois empresários do Consórcio Poty, que opera na zona Norte da capital piauiense.

O presidente da CPI, vereador Dudu (PT), afirmou que a comissão vai analisar fatos expostos pelos empresários, como os acordos judiciais feitos entre as empresas e a Prefeitura de Teresina para o pagamento de subsídios.

“Foi dito aqui que foram feitos acordos sistemáticos, acordos ano após ano, e dito que o descumprimento por parte do poder público pelo não pagamento desses acordos. Mas o transporte público, nesses últimos 6 anos, vive problemas sistematicamente piorados a cada ano. Não foi dito, por exemplo, a primeira empresa que depôs não soube explicar o valor que ela recebeu de R$ 129 mil de um montante que chegou aqui de R$ 36 milhões. Então algumas coisas precisam ter desdobramentos nessa CPI. Nós já temos aqui um entendimento de que precisamos ouvir gestores anteriores, que eles possam vir aqui dar explicações desses acordos judiciais e administrativos feitos. Precisamos ver também algumas contas da empresa que administra os empresários, que é o Setut, para que possa também demonstrar como estão sendo feitos esses rateios, porque se pegar empresa por empresa o que recebeu, não vai fechar a conta nunca do que foi pago pela prefeitura”, comentou.

  • Foto: Luís Marcos/ViagoraVereador DuduVereador Dudu (PT).

Para o vereador, a sistemática da CPI tem sido eficaz em ouvir cada um dos empresários do sistema de transporte.

“A sistemática da CPI de ouvir empresário por empresário está sendo muito produtiva, porque nós estamos vendo caso a caso. Note-se que de três empresas que chegaram aqui para depor, do contrato feito na licitação, a empresa que acabou de depor tinha 42 ônibus e opera hoje com 10. A outra também com 10. Se você for ver o consórcio da zona Norte, que são 4 empresas que operam, nós não vamos ter 50 ônibus operacionalizando na zona Norte, que é um consórcio importante de volume muito grande de passageiros, mas eles insistem em dizer que os custos operacionais são cobrados de acordo com o custo que está na licitação. O fato é que nós estamos pedindo muitas informações, tanto das empresas como do poder público, para que possamos confrontar o que eles estão dizendo aqui com os números que eles vão apresentar nos documentos, mais os números da prefeitura, e aí a gente tem um resultado mais eficaz”, completou Dudu.

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