Empresários realizam manifestação em Teresina contra lockdown
Segundo o presidente da Abrasel, a categoria cobra uma maior fiscalização daqueles que descumprem o decreto, e o não fechamento dos estabelecimentos.
Na manhã desta quarta-feira (03), empresários e trabalhadores de bares e restaurantes de Teresina realizaram uma manifestação, em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), seguindo para o Palácio de Karnak.
A classe protesta contra o fechamento dos estebelecimentos e o lockdown aos finais de semana.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Eduardo Rufino, destaca que a categoria cobra uma maior fiscalização àqueles que descumprem o decreto, e o não fechamento dos estabelecimentos.
"Precisamos de condições de trabalhar, como que essas condições vão chegar? Punindo quem está descumprindo as regras e protocolos, no caso os clandestinos, os que fazem festas e funcionam clandestinamente. Precisamos que eles não nos aterrorizem com esse fecha, abre. Nós temos provas que isso não funciona, tem um ano fazendo a mesma coisa e não funciona tá comprovado", afirmou.
Conforme Eduardo, a categoria não tem os seus posicionamentos considerados nas reuniões. “Somos chamados em algumas reuniões, ontem fomos chamados para participar de uma reunião com o coe, mas foi cancelada. O que tem acontecido é que eles escutam a gente, mas parece que estão escutando só pra dizer que participamos, e tudo sai ao contrário”, explicou.
O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia do Piauí, Franklin Batista, conta que mesmo a classe seguindo todos os protocolos não estão sendo respeitados. "A gente não tá sendo respeitado de forma nenhuma pelo governo do estado, nem pelos nossos representantes, os deputados, vereadores, prefeitos, governador, Infelizmente", ressaltou.
Ainda de acordo com Eduardo, mais de 100 pessoas foram demitidas somente nessa terça-feira (02) após o governo anunciar que possivelmente serão adotadas medidas mais rígidas. "Não suportamos mais nenhum dia, ontem mesmo, só com essa zuadinha que o governador faz, de mandar um secretário dá um recado, o COE dá um recado, já demitiram, os nossos associados, mais de 100 pessoas só ontem. Nós já demitidos mais de 3 mil trabalhadores, veja esses dados com o presidente do próprio sindicato dos trabalhadores. É um absurdo o que nós estamos vivendo", finalizou.
Segundo Franklane Pierote, que trabalha no setor de eventos há mais de 20 anos, a mesmo a classe tendo sido a primeira a parar com as atividades, o governo não teve nenhum cuidado com os trabalhadores.
"Nós fomos os primeiros a parar e nós até hoje não tivemos nenhum cuidado, nenhuma atenção com nossa classe. Nossa revolta hoje, não é porque nós temos que parar 100%, porque nós já paramos nós temos que entender que nós não podemos só aceitar tantas medidas dos gestores hoje, que tem o poder e deixando a nossa classe esquecida", finalizou.
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