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Firmino encaminha ofício a entidades médicas sobre Covid-19

O documento solicita o posicionamento das entidades acerca dos critérios médicos e científicos que a rede municipal de saúde deve seguir para melhor tratar a doença.

Nessa quinta-feira, 14 de maio, a Prefeitura de Teresina anunciou que foi encaminhado ofício direcionado à entidades médicas regionais e nacionais em relação ao protocolo utilizado para o tratamento dos pacientes vítimas da Covid-19. O documento solicita o posicionamento das entidades acerca dos critérios médicos e científicos que a rede municipal de saúde deve seguir para melhor tratar a doença.

Os ofícios foram encaminhados para o Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), com cópia também ao Conselho Regional de Medicina do Piauí, Conselho Federal de Medicina, Ministério Público Federal e Estadual. De acordo com o secretário municipal de Governo, Fernando Said, a medida se deu em razão da repercussão social em relação aos atendimentos.

“Cientes de que muitos desses posicionamentos veiculados tornam-se de conhecimento e repercussão pública, e, em muitos casos, carecem de base técnico-científica, a Prefeitura tem priorizado a adoção de critérios baseados em orientações e recomendações dos órgãos e instituições representativos de todos os segmentos que possam contribuir para o enfrentamento da crise gerada pela pandemia, especialmente, do melhor conhecimento e práticas médicas disponíveis”, pontua.

A Prefeitura de Teresina, através do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), desenvolveu e publicou, no dia 14 de abril, um protocolo clínico para manejo de pacientes adultos com infecção pelo novo coronavírus para uso na rede pública de saúde.

O protocolo deixa claro que não há evidências robustas de ensaios clínicos controlados que embassem recomendação universal de tratamento específico para a Covid-19 e que o uso de hidroxicloroquina, associada à azitromicina, será facultado ao médico, em determinados cenários clínicos, considerando os resultados dos poucos trabalhos realizados até o presente, a indisponibilidade de melhores opções terapêuticas para essa infecção viral com reconhecido potencial de letalidade até o presente momento e amparado pelo parecer conjunto do CRM-PI das Câmaras Técnicas de Infectologia e de Medicina Intensiva do Conselho Regional de Medicina do Piauí e parecer do CFM.

Uso da cloroquina

Washington Bonfim, que integra o Comitê Gestor, explica que o protocolo utilizado pela Prefeitura já utiliza cloroquina, apesar de benefícios limítrofes, mas sempre atendendo a critérios de segurança, e que o protocolo prevê também o uso de corticóides, com critérios e em momentos bem específicos. “O COE entende que esse tipo de medicação segue critérios bem definidos porque aumenta o risco de morte por infarto, derrame e diabetes. E, anticoagulantes são usados em casos de formação de coágulos pelo corpo há mais de 30 anos, mas sempre observando diversos exames laboratoriais que atestam segurança para o uso das referidas medicações”, destaca.

Nos ofícios, a Prefeitura destaca que devido as repercussões, um grupo de médicos piauienses desenvolveu e apresentou um outro protocolo de atendimento e vem atuando publicamente para que os procedimentos indicados por eles sejam adotados na rede pública de saúde.

“Em razão desse fato, o COE estadual já se manifestou informando o protocolo que utiliza baseado em recomendações do Ministério da Saúde, das Sociedades Médicas pertinentes e em medicina baseada em evidências. É para salvaguardar a adoção da melhor prática a ser adotada em benefício da saúde da população, que estamos solicitando esses posicionamentos dessas entidades para que a gente possa definir os critérios que a Prefeitura deve seguir para tratar a população”, frisou Fernando Said.

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