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Henrique Pires vai acionar o MPF-PI por Programa Mais Médicos

O deputado disse que o Piauí é o Estado do Brasil mais prejudicado com a saída dos médicos cubanos do Mais Médicos, que prestavam um serviço essencial

O deputado Henrique Pires (MDB), autor da proposta de audiência pública para discutir o programa Mais Médicos, afirmou que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) no Piauí para que o Estado e a União sejam obrigados a contratar profissionais de saúde para o atendimento nos hospitais das cidades do interior, a exemplo do que aconteceu em Santa Catarina, onde o MPF está processando o Ministério da Saúde devido a quantidade reduzida de médicos nas cidades daquele estado.

 “Nada impede que o Governo Federal ou o Governo do Estado criem programas próprios, pois a fonte de recursos é a mesma. Tem que ser prioridade. De nada adianta construir pontes e estradas se os pacientes não forem atendidos e se morrerem nunca vão usar essas estradas e pontes. Essa audiência tem a sua importância evidenciada pela discussão da saúde como um todo, pois é um problema coletivo e que tem que ser resolvido com urgência”, declarou.

Ele disse que o Piauí é o Estado do Brasil mais prejudicado com a saída dos médicos cubanos do Mais Médicos, que prestavam um serviço essencial na prevenção e no atendimento básico dos problemas de saúde da população. “Isso influencia muito na superlotação dos hospitais regionais, pois dezenas de municípios estão sem médicos para atender os pacientes. Eu ando muito pelo interior e nunca ouvi um prefeito ou um cidadão reclamar do atendimento dos cubanos”, afirmou.

Henrique Pires disse ainda que a constituição federal já preconiza que a saúde é dever do Estado e direito do cidadão, mas ele não vai entrar em discussões sobre quem fez ou fará o Mais Médicos – se a esquerda ou a direita – pois o importante é ter ações urgentes que resolvam o problema da falta de atendimento em todos os municípios. “O que não aceitamos é o governo ficar seis meses dizendo que vai criar um novo programa e até agora nada aconteceu. Até mesmo cidades como Batalha e Esperantina e praianas como Luís Correia sofrem com a falta de médicos”, assegurou.

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