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Inflação tem maior patamar para novembro em cinco anos, diz IBGE

Os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30% e o tomate, com alta de 18,45%.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial registrou o maior patamar para o mês de novembro em cinco anos. Os dados foram divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (08).

A taxa de novembro ganhou ritmo em relação a outubro (0,86%) ficou em 0,89%, puxada principalmente pela alta nos preços dos alimentos e combustíveis. Apenas novembro de 2015 tinha registrado o maior resultado, 1,01%.

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explica que que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando bastante o resultado. Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30% e o tomate, com alta de 18,45%.

Outros produtos importantes que compõem a alimentação familiar também tiveram alta, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). 

O pesquisador disse que a alta desses alimentos pode ser explicada por dois fatores: por um lado, há o aumento da demanda, sustentada pelos auxílios concedidos pelo governo e, por outro, a restrição de ofertas no mercado doméstico em um contexto de câmbio mais alto, que estimula as exportações.

Segundo o IBGE, o grupo de transportes teve a segunda maior influência na inflação oficial de novembro, registrou alta de 1,33%. O aumento se deu, principalmente, pelo preço da gasolina, que está 1,64% mais cara. 

O IPCA mostra que a inflação oficial acumulou uma alta de 3,13% e de 4,31% nos últimos 12 meses, acima dos 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, indicador havia ficado em 0,51%.

INPC atinge maior patamar em novembro desde 2015

De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acelerou em novembro e chegou a 0,95%, acima do constatado em outubro, em que ficou em 0,89%. Esse é o maior resultado para o mês 11, desde 2015, quando índice bateu 1,11%. 

Com base na pesquisa, os produtos alimentícios, assim como no IPCA, tiveram influência na composição do INPC, com alta de 2,65% em novembro, enquanto que no mês anterior, haviam registrado 2,11%. 

De janeiro a novembro de 2020, o INPC acumula alta de 3,93% e, nos últimos 12 meses, de 5,2%, acima dos 4,77% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,54%.

O INPC foi calculado com base em famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Já o IPCA abrange famílias que ganham até 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de renda. 

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