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Jair Bolsonaro define idade mínima na Reforma da Previdência

De acordo com definição assinada pelo presidente, a idade mínima para a aposentadoria será de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres.

Os pontos-chave da Reforma da Previdência foram definidos nessa terça-feira (12) pelo presidente Jair Bolsonaro. A idade mínima para a aposentadoria será de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres. O presidente vinha acompanhando as discussões da equipe econômica sobre o texto, mas no seu entendimento é preciso, primeiro, diferenciar a faixa etária entre os gêneros, e, segundo, definir uma idade mínima menor do que 65 anos para beneficiários.

As idades foram anunciadas pelo presidente no início de janeiro, mas o Palácio do Planalto negou, a pedido da equipe econômica — os técnicos disseram que seria apenas uma das possibilidades em estudo. Em reuniões com prefeitos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também teria dito que homens se aposentariam com 62 anos, enquanto mulheres, aos 57. Mas ele tem a intenção de elevar a idade para 65 anos nos dois gêneros.

Na prática, as idades mínimas passarão a valer em 2022, ou seja, no último ano de mandato do presidente. A equipe econômica quer, porém, que haja uma ampliação dos números nos próximos anos. A regra de transição deve ser de algo entre 10 e 15 anos, sendo que, ao fim desse período, tanto homens quanto mulheres poderão se aposentar com 65 anos.

Esse dispositivo, porém, estará sob avaliação do presidente, que deve receber alta hoje (13), após ter passado por cirurgia para retirar a bolsa de colostomia, em São Paulo. A intenção do secretário da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, é apresentar a versão final a Bolsonaro o “mais rápido” possível: hoje ou amanhã. Guedes e os técnicos querem que o texto, se aprovado, traga uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos.

Mas, a depender de Bolsonaro, os cortes na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) podem reduzir os ganhos fiscais. A reforma ainda precisa ser discutida no Congresso Nacional e pode sofrer modificações que atenuem as medidas. Os economistas de mercado ressaltam que as alterações dos parlamentares podem diminuir os gastos em R$ 500 bilhões ao caixa do Tesouro Nacional no período de uma década. Uma “boa” reforma permitirá economia de R$ 800 bilhões no mesmo intervalo de tempo, segundo analistas.

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