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Juiz mantém preso o chefe do esquema de fraude em licitação em Cocal

Ainda esta semana, o MP-PI por meio do Gaeco e da 1ª Promotoria de Justiça de Cocal, apresentou denúncias contra as treze pessoas que foram presas preventivamente em abril deste ano.

Carlos Kenede Fortuna de Araújo, que foi preso durante a Operação “Escamoteamento”, e é apontado como lider da organização criminosa, entrou com um pedido de habeas corpus, mas foi negado pela 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), nesta sexta-feira (14).

Ainda esta semana, o MP-PI por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da 1ª Promotoria de Justiça de Cocal, apresentou denúncias contra as treze pessoas que foram presas preventivamente em abril deste anona operação.

Segundo o Gaeco, o denunciado Carlos Kenede "comandou, arquitetou e executou diversas dessas condutas criminosas, em benefício próprio e de terceiros". “Carlinhos” é sócio-proprietário da empresa Vicosel Construções e Serviços, com endereço em Tianguá (CE). Os depoimentos colhidos indicam que ele tinha proximidade com o atual Prefeito de Cocal desde o ano de 2013. Dali, traçaram uma relação de amizade que teria resultado em “facilitações administrativas”.

  • Foto: Arquivo do MPAcusados e o prefeito Rubens VieiraAcusados e o prefeito Rubens Vieira

As pessoas denunciadas eram membros do núcleo de operadores da organização criminosa responsável por diversas fraudes em licitações no município de Cocal, nos anos de 2013, 2014 e 2015. O MP-PI requereu a condenação dos 13 pela prática dos crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

Nesse período, a prefeitura de Cocal efetivou inúmeras contratações de empresas sediadas no Estado do Ceará, com a transferência de vultosos valores, para a execução de obras no município. Porém, as construções e reformas eram de péssima qualidade.

De acordo com o apurado durante a investigação, as empresas contratadas não tinham capacidade operacional para prestar os serviços indicados. Alguns dos sócios dessas empresas já haviam sido presos por práticas semelhantes durante a Operação Província II, conduzida pelo Ministério Público do Ceará e pela Polícia Federal em 2011.

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