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Mais de 55% das famílias estão endividadas em Teresina

O cartão de crédito é um dos principais instrumentos de endividamento.

A última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Teresina (PEIC), de Fevereiro de 2017, realizada pela Confederação  Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Federação do Comércio no Piauí (Fecomércio), revela que 55,1% das famílias da capital disseram possuir dívidas com o cartão de crédito, carnês de lojas, crédito consignado, cheques pré-datados, cheques especiais, financiamentos de casa e de carro. Dessa forma, 44,8% declararam não ter dívidas.

De janeiro para fevereiro desse ano o endividamento voltou a crescer atingindo 55,1%, demonstrando que os consumidores aproveitaram parte do dinheiro extra do 13º salário, para pagar dívidas em atraso. A parcela das famílias com contas em atraso atingiu 19,8%, 3,5 pontos percentuais a mais em relação ao mês anterior, o maior índice dos últimos 46 meses. 

As famílias teresinenses endividadas, 44,0%, têm entre 11% e 50% de suas rendas comprometidas com dívidas no mês de fevereiro de 2017 e mais de 50% comprometeram 38,1% de seus rendimentos.

Os principais instrumentos de crédito utilizados pelas famílias para obter dívidas foram os cartões de crédito, com 81,9%, carnês de lojas (citados por 23,3% dos entrevistados), seguido por crédito pessoal (5,0%), financiamento de casa (3,8%), financiamento de carro (2,5%) e crédito consignado (1,7%). De acordo com os resultados das pesquisas anteriores pode-se constatar que as famílias aos poucos estão se afastando desta modalidade de crédito.

Aa famílias que declararam na Pesquisa não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso, atingiram 7,3% do total de endividados, com o maior indicador desde julho de 2013, quando chegou a 7,4%. No mesmo contexto, 7,5% dos entrevistados que fazem parte do grupo dos que ganham menos de 10 salários mínimos relataram que também não podem pagar suas dívidas. 

Em relação ao tempo destinado a liquidar as dívidas atrasadas, 23,9% declararam que poderão realizar o pagamento em até 30 dias, entretanto, 44,1% disseram que têm condição de quitá-las mas com um prazo de acima de 90 dias. Metade dos devedores que faturam acima de 10 salários mínimos declararam que podem quitar todas as dívidas atrasadas em até 30 dias e a outra metade (50%) entre 30 e 90 dias.

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