Margarete diz que busca por cargos pode travar discussões na Alepi
A deputada acredita que o governador está sendo estratégico ao trabalhar de forma mais silenciosa a Reforma Administrativa.
A deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) opinou sobre as discussões da Reforma Administrativa no Piauí e sobre as pressões de aliados ao governador Wellington Dias em buscas de cargos. Em entrevista à TV Clube, ela disse que acredita que o chefe do Executivo estadual está sendo estratégico ao trabalhar de forma mais silenciosa as medidas e de aguardar posicionamento da Assembleia Legislativa.
- Foto: Hélio Alef / ViagoraMargarete Coelho fala sobre ações e planejamentos de Wellington Dias.
“Até por uma questão de respeito eu entendo. Se já se antecipar nomeações de cargos, participações de partidos políticos, isso de certa forma vai travar a discussão na Assembleia. Então deixa a Assembleia discutir livremente, trabalhar ouvindo as partes no sentido de termos um bom desenho da máquina pública do estado. E a partir daí economizarmos não só com a questão do corte com pessoal, de custeio dessas máquinas, desses setores, mas também cuidar da qualidade do gasto, trazer uma forma mais enxuta de gerenciar o estado, cada pasta com sua competência, evitando-se um pouco a sobreposição de competências”, declarou a parlamentar.
Atuação na Câmara
Margarete Coelho ocupava a função de vice-governadora Piauí, até o ano passado. Eleita deputada federal, ela já é mebro titular da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e coordenadora da bancada do Progressistas.
A parlamentar também vai coordenar um grupo de trabalho formado por sete deputados para analisar as mudanças promovidas na legislação penal e processual penal pelos projetos de lei 10372/18, 10373/18 e 882/19, este último do governo Jair Bolsonaro. Esse grupo vai atuar junto com outro criado no ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para discutir políticas de segurança pública.
Além de Margarete Coelho, participam do grupo parlamentar os deputados Capitão Augusto (PR-SP), João Campos (PRB-GO), Orlando Silva (PCdoB-SP), Subtenente Gonzaga (PDT-MG), Lafayette de Andrada (PRB-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA).
Combate à violência
Os PLs 10372/18 e 10373/18 foram elaborados por uma comissão de juristas criada pela Câmara e encabeçada pelo ministro Alexandre de Moraes. Eles reúnem medidas de combate ao crime organizado, crimes hediondos, aos tráficos de drogas e de armas e às milícias privadas. Os dois textos buscam ainda modernizar a investigação criminal.
O PL 882/19 integra o pacote anticrime elaborado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro, que chegou à Casa em fevereiro. O projeto altera a legislação penal e processual penal para estabelecer medidas contra corrupção, crime organizado e crimes praticados com grave violência a pessoa, entre outros pontos.
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