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Mesmo com decreto, população continua se aglomerando em Teresina

Os comerciantes informais do troca-troca alegam que precisam se colocar em risco para garantir o sustento da família.

Mesmo com o decreto municipal que determina o isolamento social e fechamento do comércio em razão da Covid-19, o novo coronavírus, muitas pessoas continuam se aglomerando na capital.

Não precisa esperar muito para notar a aglomeração na feira do troca-troca, popularmente conhecida e que fica ao lado do Shopping da Cidade, no Centro de Teresina. O que mais surpreende é que a maioria das pessoas que se aglomeram na feira são pessoas idosas e que, portanto, estão dentro do grupo de risco de contaminação da doença.

Os idosos representam até o momento o maior número de mortes em todo o país e no mundo, isso porque a Covid-19 costuma atingir de forma mais severa a população idosa, pela fragilidade na saúde, e pessoas com doenças crônicas. Ambos são classificados como grupo de risco e demandam maior atenção nos cuidados.

Apesar de muitos comerciantes terem consciência do risco que enfrentam estando nas ruas e ainda mais de forma aglomerada, muitos deles alegam que são obrigados a se expor porque precisam manter o sustento da família. “O nosso pão de cada dia está aqui, vendo cada dia uma coisinha para garantir o nosso pão, se eu ficar só em casa vou viver de que? Eu tenho medo é da fome”, disse um comerciante do troca-troca em entrevista à TV Cidade Verde.

Nessa segunda-feira (30), o Senado aprovou em sessão virtual por 79 votos a zero o projeto que prevê o repasse de um auxílio de R$ 600 mensais a trabalhadores informais. A medida prevê que o valor seja distribuído entre esse grupo por três meses em razão da pandemia do novo coronavírus. O governo deve divulgar nos próximos dias quais são os passos para garantir o recebimento do benefício.

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