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Ministério Público apura golpe com venda de criptomoedas no Piauí

A empresa inclusive já foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, quando 11 pessoas foram presas.

A promotora de Justiça Gladys Gomes Martins de Sousa abriu um inquérito civil para investigar denúncia de golpe por parte da empresa Wall Street Corporate, através de “esquema de pirâmide” no mercado de criptomedas.  A investigação foi instaurada no dia 18 de janeiro, na 31ª Promotoria de Justiça.

Essa prática, de acordo com a promotora, é vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. A empresa inclusive já foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, quando 11 pessoas foram presas.

Alguns consumidores relataram à promotoria que a empresa Wall Street Corporate se apresentava como uma startup de tecnologia que trabalhava com uma moeda virtual (Kriptacoin) e prometia lucro de 1% bruto ao dia durante 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano.

  • Foto: DivulgaçãoEmpresários da Wall Street CorporateEmpresários da Wall Street Corporate

A empresa pagava um "incentivo" ao investidor por cada novo integrante recrutado, correspondente a 10% (dez por cento do pacote) investido por este. Existiam quatro formas de bonificação: o rendimento fixo diário, o incentivo de 10% pela indicação de um novo participante, um incentivo denominado binário (bônus por equipes) e, por fim, um bônus residual.

Foi relatado ainda que a empresa Wall Street Corporate a partir de 11 de julho de 2017 permitiu somente o resgate dos valores investidos através da moeda Kriptacoin, e não mais em real, fato que impossibilitou o resgate dos valores investidos.

De acordo com as informações preliminares, a empresa não teria como finalidade a comercialização de produtos em marketing multinível, mas sim a pura e simples captação de cadastramento de pessoas para que estas atuassem no sistema de divulgação da empresa, as quais seriam remuneradas não pela venda propriamente dita de seus itens, mas pela atração de novos integrantes.

De acordo com a polícia do Distrito Federal, somente lá, mil pessoas foram vítimas do golpe, que movimentou cerca de R$  250 milhões.

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