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Ministério Público discute filas de espera para consultas no Piauí

Na ocasião, a Sesapi informou que o Plano Estadual de Regulação já está sendo concluído e em breve será publicado.

Na última quinta-feira (07), o Ministério Público do Piauí, por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, com atribuição para defesa da saúde na capital, realizou audiência pública para dar continuidade ao debate sobre o elevado número de pessoas em filas de espera, por conta da demanda reprimida de consultas e exames.

Segundo a coordenadora da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), Luciane Formiga, o Plano Estadual de Regulação já está sendo concluído e em breve será publicado. Ela também informou que o início acontecerá pela rede de urgência.

O diretor da Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria, Anderson Dantas, ressaltou que outra dificuldade existente é o número considerável de pacientes faltosos, apesar das filas extensas, e explicou as medidas que estão sendo discutidas para solucionar as demandas.

Conforme o diretor, algumas das medidas são o recadastramento das consultas, a chamada de novos estabelecimentos privados conveniados ao SUS, os mutirões nas regiões da capital para atender mais pacientes e o treinamento dos funcionários dos postos de saúde para solucionar algumas demandas sem precisar de encaminhamento ao especialista. 

O promotor de Justiça Eny Marcos Pontes, titular da 29ª PJ, afirmou que a contratação dessas empresas é debatida desde o ano de 2019.

“A contratação dessas empresas é debatida desde 2019 e a fila para consultas e exames já estava longa antes da pandemia. As consequências são graves para os pacientes”, pontuou.

A vice-presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Piauí, Jocélia Ciríaco, sugeriu que houvesse outros meios de checar sobre o andamento das consultas e exames, como por ligação telefônica. Ela também sugeriu que houvesse uma comunicação dos médicos da unidade básica com os especialistas.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), Karla Daniela Furtado, destacou a importância da elaboração dos protocolos assistenciais, principalmente nas cidades do interior.

“Segundo auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), os protocolos assistenciais não existem no Estado e na capital. Em relação aos protocolos de fluxo, alguns municípios ainda não possuem”, comentou.

De acordo com o MPPI, ficou definido que a Regulação do Estado e Município irão dialogar sobre as medidas a serem implementadas para solucionar a demanda de consultas e exames. O promotor Eny Pontes fixou o prazo de 10 dias para receber o retorno sobre o diálogo.

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