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Moro é convidado a prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados

A ida do ministro foi proposta pelo deputado Rogério Costa (PT-MG). Por tratar-se de um convite, o ministro não é obrigado a comparecer.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, foi convidado a comparecer, na próxima terça-feira (25), à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos.

A ida do ministro foi proposta pelo deputado Rogério Costa (MG), vice-líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara.

Todavia, Moro não é obrigado a comparecer, devido se tratar de um convite e não de uma convocação.

Mensagens divulgadas nas últimas semanas pelo site The Intercept Brasil mostram supostas conversas do ministro com o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, lançando suspeitas de imparcialidade do então juiz Moro na operação.

Rogério Correia alega que as conversas divulgadas mostram que Moro orientou os procuradores da República em diversas fases da Lava Jato, o que não é permitido por lei, ferindo o princípio da imparcialidade previsto na Constituição Federal e no Código de Ética da Magistratura.

“Nas mensagens o então juiz federal foi muito além do papel que lhe cabia. Moro sugeriu ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações, deu conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu broncas em Dallagnol, como se ele fosse um superior hierárquico dos procuradores e da Polícia Federal”, critica Correia.

Senado

Na última quarta-feira (19), Moro esteve no Senado falando sobre as mensagens e rebateu a acusação de que agiu de forma parcial na operação Lava Jato com números. Segundo ele, foram 90 denúncias, 45 sentenças e 44 recursos interpostos pelo Ministério Público. De 291 acusados, 211 foram condenados e 63 absolvidos, o que demonstra não ter havido convergência de ações.

Com informações da Agência Câmara.

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