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Motofretistas e mototaxistas passam seguir novas normas de segurança

Medidas passarão a valer a partir deste sábado (04).

As profissões de motofretista e mototaxista, regulamentadas em 2009, passam a ter que cumprir uma série de exigências de segurança a partir deste sábado (4). E quem trabalha de moto precisa fazer um curso. O governo oferece a capacitação de graça, com 500 vagas para a Baixada Santista.

Luiz Carlos Amaral trabalha há 15 anos como motoboy e tem experiência de sobra na profissão. Mas, mesmo assim, teve que encarar um curso de formação e capacitação de motofretistas, como manda a lei. "Vai ser ótimo porque você vai ser reconhecido pela profissão. Eu faço o que gosto há muitos anos. Não é como muita gente faz: pega uma moto, fala que é motoboy e sai andando pela cidade”, afirma Luiz.

Todos estes motoboys fazem parte de um número expressivo na Baixada Santista. São 12 mil motociclistas fazendo entregas nas nove cidades da região. "O trabalhador roda cerca de 3 mil quilômetros por mês no setor de delivery, por ano são quase 40 mil quilômetros. Essa categoria cresceu devido a mobilidade, cresceu na informalidade, hoje é mais um passo”, afirma o membro do Sindimotos Baixada Santista, Paulo Cezar Barbosa.

Nas unidades do Sest Senat de São Vicente e Cubatão, o curso é de graça e tem aulas teóricas e práticas. O diretor do Sest Senat, Sérgio Luiz Pereira, explica como é feito o curso. “Eles já são motociclistas, todos já tem a habilitação há mais de dois anos, têm experiência e já sabem dirigir. O curso é mais comportamental, ao passar algumas noções de segurança no trânsito, para que eles façam uma pilotagem mais defensiva”, diz Sérgio Luiz.

Cerca de 250 motoboys já conseguiram o certificado para dar entrada numa nova habilitação e trocar a placa do veículo, que agora passa a ser vermelha. O Governo do Estado anunciou a liberação de mais 500 vagas em cursos só para a Baixada Santista.

Além do curso, que é obrigatório, os profissionais vão ter também que cumprir uma série de exigências de segurança. Os itens básicos são faixas refletivas nos equipamentos e nos coletes, proteção para as pernas, que também são conhecidas como mata-cachorro, e antenas para evitar acidente com linhas de pipas.

O motoboy Reginaldo Duarte ainda não comprou todos os acessórios, mas já sabe que não vai ficar barato. "Preciso do baú e os suportes refletivos, devo gastar em torno de R$ 220,00", afirma Reginaldo. Apesar do gasto, a maioria reconhece a importância de ter a profissão regulamentada e de trabalhar com mais segurança.

Para que trabalha de moto e ainda não fez o curso, o Sest Senat vai abrir as turmas de acordo com a procura, são duas unidades na Baixada Santista, a de são vicente fica na Praça Adalberto Panzan, 151, na Cidade Náutica e a de Cubatão na altura do quilômetro 262 da rodovia Cônego Domenico Rangoni.
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