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“O que vemos é um governo diferente”, diz Elmano sobre Bolsonaro

O senador Elmano Férrer afirmou que entende as manifestações pró-governo como o reflexo de que Bolsonaro está tentando implementar um novo modelo político no Brasil.

Nesse domingo (26), várias cidades do país foram palco de uma série de manifestações a favor do governo de Jair Bolsonaro. As manifestações foram convocadas pelo próprio presidente e tiveram como pauta o apoio às medidas tomadas pelo presidente desde o início de seu mandato e propostas enviadas ao Congresso Nacional, como a reforma da Previdência.

O senador Elmano Férrer (Podemos), que faz parte da base de governo de Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde que entende as manifestações como o reflexo popular de que o presidente está tentando implementar um novo modelo político no Brasil.

  • Foto: Hélio Alef/ViagoraCandidato Elmano Férrer durante entrevistaSenador Elmano Férrer (Podemos).

“As manifestações estão consagradas na Constituição e fazem parte da democracia. A eleição do presidente Bolsonaro foi uma eleição contra o status quo até então vigente. Toda mudança gera uma reação. O que vemos hoje, no meu entendimento, é um governo diferente”, disse o senador.

Elmano informou que apoia o que Bolsonaro chamou de “escolha técnica” dos nomes para compor a sua equipe ministerial.

“Por exemplo, o ministro Tarcísio Gomes, da Infraestrutura, é o dono da maior nota já registrada no Instituto Militar de Engenharia. Se fossem aplicados os mesmos critérios de governos anteriores, estariam no cargo políticos servindo a um partido e não ao país”, afirmou.

Para o senador, o desalinhamento do Congresso com o governo federal é fruto de uma velha política que ele chamou de “toma lá e dá cá”.

“O grupo do Centrão é um grupo político de parlamentares que tem grande representação no Congresso e sempre foi decisivo em questões importantes, como o impeachment da presidente Dilma. Atualmente, esse grupo está tentando impedir que o atual governo adote o novo sistema ao qual eu me referi, ainda praticando o ‘dando que se recebe’ ou ‘toma lá e dá cá’”, relatou Elmano.

Reforma Administrativa

Sobre a Medida Provisória (MP) 870, que trata do redesenho administrativo do governo federal e que será votado no Senado nesta terça-feira (28), Elmano afirmou ser a favor que seja aprovado o texto com as modificações feitas na Câmara dos Deputados.

“A minha tese é que aprovemos exatamente como veio da Câmara. Sou apartidário na manutenção dos 22 ministérios, em vez dos 29. E embora eu seja a favor de que o Coaf continuasse na pasta de Sérgio Moro, o Ministério da Justiça, como sempre defendi, esse grupo do Centrão não quis”, explicou Elmano.

Questionado sobre o motivo pelo qual o Centrão votou para o Coaf retornar ao Ministério da Economia, o senador relatou que muitos políticos temem inquéritos e investigações da Lava Jato.

“Essa Lava Jato veio pra valer e tem que valer mesmo. Muitos políticos estão citados em inquéritos e temem a Lava Jato. Mas em todas as investigações que ocorreram anteriormente o Coaf estava na pasta da Fazenda, que hoje é a Economia. As investigações irão continuar com o Coaf seja onde estiver”, completou o senador.

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