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Piauí registra 320 homicídios no primeiro semestre de 2018

Os números são maiores do que o mesmo período de 2017, quando foram registradas 293 mortes.

O estado Piauí registrou 320 homicídios nos primeiros seis meses de 2018. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pelo Sindicado dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), que também contou com informações do Instituto de Medicina Legal (IML) da capital.

Trata-se de mortes que, em grande maioria, são ocasionadas por acerto de contas, execuções, discussões, latrocínios e crimes passionais. O número atual apresenta um aumento visível quando comparado com os dados do mesmo período do ano passado, pois no primeiro semestre de 2017 o número ficou em 293 mortes.

Em análise, constatou-se que que cerca de 75% das pessoas que foram assassinadas são jovens de até 29 anos, e destes, a grande maioria são homens que já foram envolvidos com algum tipo de crime.

Mulheres

O Sindicato também registrou aumento dos casos de feminicídio – quando o companheiro ou pessoas que tenham ligação com a vítima praticam o ato por questões de gênero, ou seja, matam a mulher apenas por ela ser mulher.

  • Foto: Divulgação/SinpolpiPresidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.Presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.

O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, considera alarmante que do registro de 39 mulheres assassinadas nos seis primeiros de 2018, cerca de 90% sejam casos de feminicídio. Ele aponta que é preciso haver uma política pública para esses casos.

Teresina

A capital piauiense registrou 215 mortes no primeiro semestre. Os dados apontaram que no ano de 2018 a zona Sul da cidade foi considerada a mais perigosa, seguida pela região Norte, Leste, Sudeste e Centro.

Além de Teresina, Parnaíba ganha destaque em relação ao número de homicídios nesse período. A cidade registrou números elevados e frequentes de mortes em todos os seis primeiros meses do ano. Os municípios de José de Freitas, Pedro II e Floriano também aparecem nas estatísticas com os maiores registros de assassinatos.

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