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Policial Civil Amarildo já havia sido afastado por prática de assalto

"Ele cometeu um assalto e a delegada Marcela o indiciou. Eu, diante disso, abri um Processo Administrativo Disciplinar contra ele e o afastei por 60 dias", disse Corregedor Geral da Polícia Civil.

O Corregedor Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, delegado Adolfo Cardoso, disse em entrevista ao GP1, na manhã desta segunda-feira (09), que o policial civil Amarildo, acusado de atirar contra três pessoas na noite do último sábado (07), no bairro Promorar, é reincidente na prática de assaltos e vai pedir sua prisão preventiva nas próximas horas.

Imagem: Marcelo CardosoClique para ampliarPolicial civil Amarildo(Imagem:Marcelo Cardoso)Policial civil Amarildo
 De acordo com o delegado, Amarildo já havia sido afastado dos quadros da Polícia Civil, após denúncia da prática de um assalto, ocorrido há cerca de 60 dias. “Ele cometeu um assaltou e a delegada Marcela o indiciou. Eu, diante disso, abri um Processo Administrativo Disciplinar contra ele e o afastei por 60 dias. Recolhemos a [carteira] funcional e a arma, mas tão logo ele foi reintegrado aos quadros [da Polícia Civil] por força de uma decisão judicial. Ele foi indiciado há uns 20 dias, que foi exatamente o crime [de assalto], que rendeu o seu afastamento. Em 24 horas depois ele conseguiu ser reintegrado aos quadros da polícia”, disse.

Ainda segundo o delegado, policiais da Corregedoria realizaram diligências no bairro Promorar nesse domingo (08), quando houve uma perseguição contra o policial, que conseguiu fugir. “Nós estamos em diligências contínuas, então podemos fazer a prisão dele em flagrante ainda, mas vamos representar pela prisão preventiva”, confirmou.

Tentativa de assalto

O corregedor Adolfo Cardoso explicou que, no caso mais recente, ocorrido no último sábado (07), houve, na verdade, uma tentativa de assalto, realizada por Amarildo, na companhia do irmão, identificado como Rafael. Inicialmente, Amarildo rendeu o Elisson na frente da casa da sogra [Suely], e o Anderson, que é companheiro de Suely e estava dentro de casa, ouviu a discussão e procurou saber o que estava acontecendo.

“Quando o Amarildo rendeu o Bibi [Elisson], o Anderson viu a situação e perguntou o que estava acontecendo. Foi quando eles [Amarildo e Rafael] atiraram para dentro da casa e o Anderson se escondeu. Eles dispararam várias vezes contra o Anderson e depois se voltaram contra o Bibi novamente. Deram um tiro e uma coronhada nele [Bibi] e mandaram entrar em sua casa que fica na frente da residência da sogra [Suley]. Lá trancaram o Bibi, a esposa e o filho em um quarto. A dona Suely, temendo a vida da filha, do neto e do Bibi, correu no socorro deles e pediu que o Amarildo não fizesse nada. Foi quando o Amarildo deu um tapa na cara dela e atirou contra ela também”, explicou.

O corregedor confirmou também que no momento da abordagem de Bibi [Elisson], Amarildo ainda efetuou um disparo contra ele, mas a vítima, ao perceber que o policial puxaria o gatilho desviou o rosto, que ainda foi atingido por pólvora. Apesar dos vários disparos efetuados na cena do crime, nenhum deles alvejaram as vítimas. “Eu acho que eles [Amarildo e Rafael] estavam sob efeito de alguma substância que impediram que eles tivessem o controle”, pontuou.

O delegado Rodolfo Cardoso concluiu a entrevista, afirmando que Amarildo e Rafael deverão responder pelos crimes de tentativa de latrocínio e tentativa de homicídio qualificado. “Tentativa de latrocínio em face do Elisson e tentativa de homicídio qualificado em face, tanto do Anderson como da Suely. Eu ainda vou decidir quem vai ficar com o inquérito, mas a Corregedoria vai cuidar dos trabalhos. Com muita fé em Deus ele vai ser afastado e não vai ser reintegrado de novo”.
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Willame Moraes

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