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“Preferimos lançar nossa chapa pura”, diz jornalista Mário Rogério

De acordo com o pré-candidato, um dos fatores que contribuíram para que o partido lançasse uma pré-candidatura própria foi o anúncio tardio da sigla.

Em entrevista ao Viagora, o pré-candidato a prefeito de Teresina, o jornalista Mário Rogério (Cidadania), fez declarações sobre as eleições municipais deste ano e disse que este pleito possibilita a candidatura de qualquer candidato que possua uma mensagem.

De acordo com o pré-candidato, um dos fatores que contribuíram para que o partido lançasse uma pré-candidatura própria foi o anúncio tardio da sigla, já que os demais partidos já estavam com as conversações avançadas.

A vice escolhida para compor a chapa junto com Mário Rogério é a tecnóloga em gestão hospitalar, Nazaré Barbosa, que também faz parte do Cidadania.

“Nós tomamos essa decisão por pelo menos dois motivos: um, é que a gente já lançou uma chapa tardia e havia muito entendimento dos outros partidos, de negociação entre os outros partidos, o que nós não buscamos. Aí houve por outro lado uma interlocução nacional onde se buscou fazer uma coligação do Cidadania com a Rede, mas as conversas não foram pra frente, acho que a gente não tinha condição de atender as demandas da Rede e aí nós preferimos lançar nossa chapa pura”, explica Mário.

  • Foto: DivulgaçãoMário Rogério.Pré-canditado Mário Rogério

Na avaliação do pré-candidato do Cidadania, as atuais circunstâncias da pandemia da Covid-19, que provocaram mudanças nas eleições deste ano, facilitaram uma candidatura formada por uma chama pura, em que o candidato e o vice são do mesmo partido, já que não será necessário possuir muitos recursos.

“Inclusive uns dos motivos da nossa pré-candidatura é por conta da conjuntura atual. Nós entendemos que no Brasil todo uma campanha majoritária ela não vai depender apenas de estrutura partidária, de recursos. Ela vai tá aberta para qualquer candidato que tenha uma mensagem, que tenha uma proposta, que consiga chegar com suas propostas no eleitorado, já que vai ser uma eleição midiática, de televisão, de rádio e de internet. Não vai ter aquele corpo a corpo. A gente confia nas nossas propostas, no nosso trabalho para enfrentar os adversários, e convencer o povo da nossa capacidade”, comenta.

Sobre um possível apoio no segundo turno, Mário Rogério afirma que acha muito precipitado já haver pré-candidatos conversando sobre a movimentação para uma possível segunda etapa das eleições, e considera ser um “desrespeito” com o eleitor.  

“Achamos muito cedo discutir segundo turno. Eu particularmente tenho estranhado muito conversas entre pré-candidatos tratando disso. Eu acho que é um desrespeito muito grande com o eleitor. Nós não pensamos desse jeito, nós vamos por etapas:  primeiro a eleição e depois o segundo turno, e no segundo turno vamos levar em consideração fatores, entre os quais a questão ideológica, se a gente não chegar no segundo turno, que eu acredito que nós vamos chegar. Mas se o eleitorado entender que a gente não deve tá lá, a questão da história do candidato, do seu conceito, da sua seriedade, da sua responsabilidade, é fator determinante”, relata Mário Rogério.

Já em relação à atual gestão de Teresina, o pré-candidato avalia o prefeito Firmino Filho como um dos gestores mais preparados, até mais que Kleber Montezuma, mas critica a quantidade de tempo que o PSDB está à frente da Prefeitura da capital.

“Tem erros e acertos. Eu acho o Firmino uma das pessoas mais preparadas administrativamente desse país, só tem um problema nessa história todo. Acho que 35 anos de poder do mesmo grupo é muita coisa, então o que tinha que ser feito já foi, não tem mais o que inventar. O que não foi feito em 35 anos não tem mais o que fazer, e eu acho, por exemplo, o prefeito Firmino Filho muito mais preparado de que o pré-candidato Kleber Montezuma”, afirma.

Com a pandemia da Covid-19, Mário Rogério comenta que o prefeito Firmino Filho tomou medidas em excesso, e que ele teria conduzido de forma diferente, adotando outras medidas que na avalição dele seriam mais efetivas.

“Na pandemia, eu acho que o prefeito cometeu vários excessos, eu aqui, como pré-candidato, não vou acusar o prefeito de ter sido omisso, isso ele não foi. Acho que ele pecou muito pelo excesso, e não por omissão. Eu teria conduzido de forma diferente, adotaria várias das medidas que o prefeito adotou, mas deixaria de adotar outras e adotarias outras, que acho que seriam muito mais efetivas. A pandemia não trouxe benefício para gestor nenhum, alí é saber quem perdeu menos”, finaliza Mário Rogério.

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