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Promotora de Justiça Leida Diniz deixa o Ministério Público do Piauí

“Estou me despedindo deste órgão público para voltar para as minhas origens, os movimentos sociais, sindicais e populares. A nossa fala, portanto, é um grito de resistência”, declara Leida Diniz.

A Promotora de Justiça, Leida Diniz, se despediu do Ministério Público do Piauí para voltar às origens dos movimentos populares. A solenidade de despedida aconteceu ontem, 31 de outubro, no auditório do edifício sede das promotorias e procuradorias de Justiça do órgão ministerial, na zona Leste de Teresina.

  • Foto: DivulgaçãoEx-Promotora de Justiça, Leida Diniz.Ex-Promotora de Justiça, Leida Diniz.

Membro desde 1989, Leida Maria de Diniz atuou nas Promotorias de Porto, Nossa Senhora dos Remédios, José de Freitas, Capitão de Campos, Barras e Teresina. “Não sei nem como fazer esse discurso de despedida, na minha própria casa”, declarou a promotora ao iniciar seu discurso de gratidão, após as homenagens recebidas.  

“Estou me despedindo deste órgão público para voltar para as minhas origens, os movimentos sociais, sindicais e populares. A nossa fala, portanto, é um grito de resistência”, declara.

  • Foto: DivulgaçãoEx-Promotora de Justiça, Leida Diniz.Ex-Promotora de Justiça, Leida Diniz.

A Promotora de Justiça ressaltou, ainda, a sua luta pelos direitos das minorias e da sociedade como um todo. “Todos sabem da minha repulsa com as injustiças, com a violência, com a guerra contra a infância, a guerra da fome, a guerra da prostituição, do trabalho forçado e escravo. A desigualdade social, a concentração da riqueza nas mãos de uma minoria; o racismo, a xenofobia, os assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais, indígenas, religiosos, pescadores, quilombolas; populações discriminadas por questões de gênero, sexo, crenças e cultura”, acrescenta. 

Leida Diniz atuou como advogada no Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba (1982- 1986) na defesa dos perseguidos na Ditadura Militar e na FETAG/PI- Federação dos trabalhadores na Agricultura (1986-1988). Auxiliou na defesa dos pequenos produtores rurais, em defesa da terra e da agricultura familiar. Foi assessora da CPT/PB e fundadora da Sociedade de Assessoria aos Movimentos Populares e Sindical (SAMOPS).

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