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Saiba como estudar para concursos na área fiscal e da Petrobras

Cargos podem ser com qualquer formação ou formação específica. Lia Salgado mostra como são os concursos da Receita, ISS e Transpetro.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarFuncionário da Receita Federal fiscaliza loja no camelódromo de Rio Preto (Imagem:Reprodução)Funcionário da Receita Federal fiscaliza loja no camelódromo de Rio Preto
Em nossa terceira coluna da série especial sobre as áreas de concursos, vamos abordar os concursos para a área fiscal e também para Petrobras e subsidiárias. São opções bastante distintas e que exigem preparações diferentes dos candidatos interessados.

A carreira fiscal é bastante cobiçada pelos candidatos a concursos públicos. Oferece bons salários e, salvo raros casos, tem como requisito nível superior em qualquer área de formação. A Receita Federal ocupa o topo da preferência, mas há concursos para todos os estados – conhecidos como concursos para ICMS – e, ainda, os concursos municipais – mais conhecidos como concursos para ISS. Assim, as oportunidades são inúmeras e a preparação deve ser adequada para deixar o candidato habilitado a concorrer a todas elas.

Uma boa notícia é que, em geral, é exigido nível superior ou graduação de nível superior e, nesses casos, quem tem diploma de tecnólogo poderá assumir o cargo.

Vale a pena o candidato ficar atento às notícias de concursos para municípios próximos à sua cidade, que nem sempre são muito divulgadas.

Os concursos para a área fiscal cobram muitas disciplinas - em geral, de 15 a 20. É preciso foco e determinação para atingir a meta. Por outro lado, há um grupo significativo de matérias comuns a todos os concursos (aproximadamente 14), o que permite uma preparação antecipada de boa parte do conteúdo.

É natural que o candidato se depare com áreas de conhecimento totalmente novas, mas isso não deve ser um obstáculo. Passamos por esse tipo de experiência durante toda a nossa vida escolar e as matérias são ministradas levando em conta esse fato, tanto nos cursos preparatórios, quanto nos livros para concursos.

As seguintes disciplinas são a base inicial do estudo para essa área: português, direito constitucional, direito administrativo, direito tributário e contabilidade. Em seguida, o candidato deve incluir na sua programação de estudo: matemática financeira e raciocínio lógico, direito civil, direito penal, direito empresarial, auditoria, administração pública, economia e finanças públicas. Essas também são cobradas na quase totalidade dos concursos da área.

Outras disciplinas aparecem no conteúdo programático de alguns concursos: contabilidade avançada e custos, administração geral, estatística, informática, atualidades e, até, inglês ou espanhol. Mas o candidato deve deixar para incluí-las em momento posterior, quando tiver estudado todo o grupo inicial. Claro que todo concurso da área fiscal exige legislação específica relacionada à futura atividade.

A legislação específica varia se o concurso for federal, estadual ou municipal e, por isso, deve ser estudada somente na proximidade do edital ou, ao menos, depois que o candidato estiver relativamente seguro nas outras matérias. Vale lembrar que as legislações municipais são similares entre si, já que tratam dos mesmos tributos (ISS, IPTU e ITBI). O mesmo acontece com as legislações estaduais (ICMS, IPVA e ITDC). Assim, se for o caso de o candidato decidir fazer novos concursos, poderá aproveitar boa parte do conhecimento.

É comum haver prova discursiva e os candidatos precisam se preparar também para isso, quando tiverem domínio da teoria.

Em concursos desse porte é importante o candidato ter consciência de que precisará de um tempo razoável até ter reais condições de aprovação. Isso pode variar de acordo com o tempo disponível para o estudo e a qualidade com que esse estudo será realizado, preferencialmente com planejamento, metas objetivas e técnicas eficientes.

Alguma reprovação pode acontecer durante a trajetória, mas deve ser encarada com serenidade (na medida do possível) e servir de base para ajustes, caso sejam necessários. A continuidade levará à sedimentação do conhecimento, amadurecimento do candidato com relação ao momento da prova e, finalmente, à conquista da vaga.

Petrobras e suas subsidiárias
Quem deseja trabalhar na sua área de formação, seja ela técnica ou de nível superior, deve ficar atento aos concursos da Petrobras e subsidiárias.

Esta é uma área de concursos com algumas peculiaridades. Em geral, os cargos exigem formação específica – mesmo os de nível médio – e as disciplinas básicas são somente eliminatórias. Por esse motivo, o candidato deve priorizar o estudo das específicas da sua área de formação e que costumam ser cobradas nos editais. Mas é preciso ficar atento para garantir o mínimo de pontos nas disciplinas básicas. Em geral, português e matemática (às vezes também informática) para cargos de nível médio, e português e inglês para cargos de nível superior.

Os editais acontecem com muita frequência, ainda mais que não só a Petrobras realiza concursos, mas também suas subsidiárias (Transpetro, BR Distribuidora, Liquigas, Petrobras Biocombustível, etc).

A banca examinadora tem sido, predominantemente, a Fundação Cesgranrio e as características do edital são basicamente as mesmas. Isso permite ao candidato concorrer a diversas oportunidades a partir de uma mesma preparação.

Alguns editais não oferecem muitas vagas, mas criam cadastro de reserva com determinado número de aprovados. Por outro lado, a exigência de formação específica restringe bastante a concorrência. Então, o candidato que buscar uma preparação de qualidade tem grandes chances de ser aprovado num período de tempo não muito longo.

As formações aceitas são as mais variadas, pois há cargos para contador, administrador, advogado, engenheiro de diversas especialidades, biólogo, psicólogo, biblioteconomista, médico, geólogo, relações públicas, e muitos outros.Salvo exceções, o requisito para os cargos de nível superior excluem explicitamente a formação de tecnólogo.

No caso dos cargos de nível médio há oportunidades para quem fez curso de contabilidade, segurança do trabalho, enfermagem, administração, logística, eletrônica, mecânica e suas variações, e muitas outras. Também formações relacionadas ao meio ambiente são necessárias (técnico de nível médio em meio ambiente, controle ambiental, biotecnologia, florestas, hidrologia), já que é preciso haver controle do impacto ambiental de suas atividades.

Há também o cargo de técnico de administração e controle júnior, de nível médio, que não exige formação específica.

Para alguns cargos, como o de inspetor de segurança interna júnior, o candidato deverá ser submetido a uma prova física, que costuma incluir barra fixa, flexão abdominal e corrida. Nesse caso, é essencial que a preparação física aconteça paralelamente à preparação para a prova teórica, para que o candidato esteja apto no dia do exame.

Quem conquistar uma vaga será regido pela CLT, mas algo que não deve ser desprezado é o pacote de benefícios: vale-refeição, vale-transporte, participação nos lucros, previdência complementar, auxílio-ensino, assistência-saúde e outros.
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