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Vereador alvo de ação do MP já foi condenado na Justiça Federal

Segundo o promotor Rômulo Cordão, o empresário Fabiano Feitosa, que também é vereador de Brejo do Piauí, já foi condenado pelo mesmo crime do qual está sendo investigado.

O Ministério Público do Piauí apura esquema de fraude em licitações envolvendo alguns municípios do estado. O MP-PI deflagrou a Operação Poço Sem Fundo para prender suspeitos de envolvimento no crime. Um dos alvos da ação é o empresário e vereador de Brejo do Piauí, Fabiano Feitosa Lira (PRTB), que já tem condenação na Justiça Federal por crime da mesma natureza.

Segundo o promotor de Justiça Rômulo Cordão, coordenador do Gaeco, a empresa FM, de propriedade do vereador, existe de fato e possui capacidade técnica para executar os serviços, tendo contratos com outros municípios. Porém, contra Fabiano existe condenação por fraude em licitações.

  • Foto: Hélio Alef/ViagoraPromotor de Justiça Rômulo Cordão conta que a prática de desvio de recursos é comum no Piauí.Rômulo Cordão comenta sobre a prática de desvio de recursos no Piauí.

“São pessoas que não temem a lei, que contas com a impunidade. O cidadão já foi condenado por crime dessa natureza mas está atuando em vários municípios, da mesma forma, desviando dinheiro público. Então realmente precisa de uma atenção, de uma ação enérgica, forte, dura do estado, e aí só através de união de forças da polícia, junto com o Ministério Público, eu creio que isso é possível”, disse Rômulo Cordão.

O coordenador do Gaeco informou que o vereador deve se apresentar nesta sexta-feira (15). “O advogado já fez o pedido de apresentação, de apresenta-lo amanhã, mas ele é uma pessoa que se encontra foragido. Já teve o tempo de se apresentar, já que foi relatado está nas mediações de Teresina. Sendo feito a apresentação, será recolhido ao sistema prisional”, afirmou.

Condenação

O empresário Fabiano Feitosa foi condenado pelo juiz federal Pablo Baldivieso a 2 anos de detenção e ao pagamento de multa em ação penal por fraude em licitação. A sentença foi expedida em 20 de fevereiro de 2017.

A pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direito, a primeira na prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, e a segunda na pena de prestação pecuniária de 2 (dois) salários mínimos.

Outro lado

O Viagora procurou a defesa do vereador, mas, até o fechamento da matéria, o advogado não foi localizado.

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