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Wellington Dias quer mobilização para sanção de Dilma Rousseff ao projeto dos royalties

Presidente Dilma Rousseff (PT) tem até sexta-feira para decidir se sancionará ou vetará o projeto

O senador Wellington Dias (PT) conclamou os prefeitos, os parlamentares e governadores dos 24 Estados para que fizessem uma mobilização nacional em defesa da sanção ao projeto de redistribuição dos recursos provenientes dos royalties do pré-sal. Nesta segunda-feira, o Rio de Janeiro fez uma mobilização pedindo o veto a matéria. Para o senador piauiense, uma mobilização semelhante deve ser feita pelos outros Estados.

O petista criticou o fato de nenhum governador dos demais Estados ter puxado a mobilização. "Não podemos deixar que um Estado como o Rio de Janeiro aparente ter mais força do que o resto do país. Não tem sentido 24 Estados perderem espaço na mídia para um Estado, apesar da mídia nacional está concentrada no eixo Rio-São Paulo", opinou, acrescentando que a posição que passa é de que os demais estados estão "inertes e anestesiados". Ele defende que haja uma mobilização conjunta em todas as capitais até quinta-feira.

Dias voltou a falar que acredita na sanção presidencial. "Será uma surpresa se a presidente não sancionar. Foi um projeto muito discutido, que venceu por cinco vezes no Congresso", lembrou, avaliando ainda que está em jogo também problemas políticos para a presidente. "Ela terá um problema político se vetar, até porque a maioria da bancada votou a favor e a maioria irá derrubar o veto dela", garantiu.

O senador piauiense aproveitou para criticar a postura do Rio de Janeiro, a quem acusou de estar utilizando "informações iverídicas" a cerca do projeto aprovado. Segundo ele, a mobilização do Rio é descabida já que o Estado não terá perdas significativas na parte que lhes cabe dos royalties. Para realizar a mobilização, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou ponto facultativo no Estado, e concedeu gratuidade no transporte de pessoas para participar da manifestação. "Lamentalvemente há uso de dinheiro público para essas manifestações", pontou.

Ainda assim, Wellington Dias adiantou que, durante toda essa semana, fará um movimento pela coleta de assinaturas para, em caso de veto, a matéria seja colocada para apreciação no Congresso Nacional ainda na próxima semana. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem até sexta-feira para decidir se sancionará ou vetará o projeto. "Se houver o veto, protocolaremos um pedido de urgência para o veto ser colocado em pauta na próxima semana e derrubarmos logo o veto da presidente", defendeu. (Mayara Martins)

CNM convoca prefeitos a enviarem pedido de sanção a Dilma

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) está convocando os prefeitos em todo país para enviarem mensagens à Presidente Dilma para que a mesma sancione o projeto dos royalties. Segundo o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Francisco Macedo, a orientação é de que sejam enviadas correspondências e sejam feitas mobilizações em seus municípios e pelas redes sociais durante toda a semana.

Macedo explicou que a orientação já foi passada aos gestores piauienses. "É um recurso que será de fundamental importância aos municípios. Então a orientação é de que cada gestor mande telegrama, mensagens, façam ligações. Tudo que for possível para que a presidenta saiba que a sanção é um desejo da maioria do povo brasileiro", comentou, acrescentando que as mobilizações irão acontecer até o dia 28.

O presidente da entidade municipalista ressalta que o pré-sal não é a remissão dos municípios, mas é uma ajuda importante para que os gestores tenham condições de realizar obras importantes nas cidades. "Municípios de coeficiente 0.6, por exemplo, vão receber R$380 mil. É um aporte de recurso significativo para que os municípios possam realizar obras importantes", pontuou, acresentando que para os municípios virão R4114 milhões e outros R$200 milhões para o Estado.

Para o deputado Júlio César Lima (PSD) está havendo uma chantagem do Rio de Janeiro para que Dilma vete o projeto. "É uma chantagem descabida para quem quer apenas excesso de privilégios", frisou.
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