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É preciso descapitalizar o crime organizado, diz Flávio Dino no Piauí

O ministro esteve em Teresina para apresentar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, e também falou sobre a intensificação de operações para combater o tráfico de drogas

O Piauí tem apresentado um crescimento das facções criminosas, somente entre janeiro a março deste ano mais de 30 pessoas foram presas e 102 kg de entorpecentes foram apreendidos, segundo a Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE). O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou durante coletiva de imprensa nessa sexta-feira (05), que têm intensificado as operações de combate ao tráfico visando descapitalizar as organizações criminosas.

O ministro, que esteve no Piauí para apresentar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci II), afirmou que a atuação integrada das forças policiais federais e estaduais é fundamental para enfrentar o tráfico de drogas e o aumento da violência no país.

Foto: Matheus Santos/ViagoraMinistro Flávio Dino na Apresentação do Pronasci II
Ministro Flávio Dino.

“Nós acreditamos que temos dois grandes instrumentos institucionais: um é o Sistema Único de Segurança Pública, que é essa ideia de atuação conjunta entre Governo Federal, com intermédio da Polícia Federal, a PRF, Polícia Penal, a Força Nacional, integrada com as policiais estaduais e as guardas municipais. Então esse é o caminho pelo qual nós conseguimos, por exemplo, enfrentar as ameaças contra as escolas. Esse é um caminho que fez com que no mês de março houvesse quase dez mil prisões de autores de feminicídio ou de agressões contra as mulheres. Esse é o caminho pelo qual nós estamos neste momento realizando uma grande campanha policial com operações sobre exploração sexual de crianças e pedofilia, integrando todos os estados”, aponta.

Para Flávio Dino a estratégia mais eficiente em busca de desarticular os grupos criminosos que atuam no tráfico, é retirar o poder financeiro que eles adquiriram através da comercialização de drogas. Além disso, em diálogo com a superintendência da Polícia Federal, o ministro tratou sobre a possibilidade de fortalecimento de operações contra o crime organizado.

“Só há um caminho para nós vencermos o crime organizado, é descapitalizado, tirando esse poder financeiro que essas organizações adquiriram. Aqui mesmo como mencionei nós já tivemos uma dessas operações integradas e o senhor superintendente da Polícia Federal, há pouco comentava comigo quanto ao desejo de fortalecimento dessa estrutura aqui no Piauí para que haja Governo Federal ajudando o Governo do Estado e as prefeituras”, explica. 

O gestor da pasta de segurança também falou sobre o desafio de vigiar as fronteiras dos estados e pontuou que tem investido recursos para ampliação dessa política de fiscalização.

“Nós temos o tema das fronteiras, que é um tema essencial, nós temos uma política específica para os dezesseis mil quilômetros de fronteira, desde o Rio Grande do Sul até o Amapá e nós estamos agora captando os recursos necessários para ampliação dessa política de proteção às fronteiras”, reforça.

O combate as armas ilegais também foi destacado pelo ministro que definiu o armamento ilegal como uma das ferramentas que auxiliam no crescimento da violência.

“Mencionou também a campanha contra as armas ilegais. Nós concluímos ontem o recadastramento de armas e vimos que tem pessoas com mandado de prisão por homicídio com arma supostamente ilegal. Pessoas condenadas por feminicídio com armas. Então estamos tirando de circulação essas armas ilegais. Nós tivemos seis mil cento e sessenta e oito armas de uso restrito que não foram recadastradas, são fuzis. Onde esses fuzis foram parar? Nesse período de desgoverno que nós atravessamos no passado? são armas que muito provavelmente estão em mãos erradas e foram desviadas para quadrilhas, para assaltar banco, fazer sequestro, então o combate ao armamentismo ilegal também é uma forma de combater essas quadrilhas”, destaca.

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