Não tem nada em ordem na gestão do prefeito Dr. Pessoa, diz Pollyanna Rocha

A vice-presidente da Câmara Municipal de Teresina enfatizou que a administração municipal precisa colocar em prática políticas públicas que tornem os serviços de saúde mais eficazes.

Nesta segunda-feira (11), a vice-presidente da Câmara Municipal de Teresina, a vereadora Pollyanna Rocha (PT), declarou em entrevista ao Viagora que a gestão do prefeito Dr. Pessoa, é uma desordem. A petista também comentou sobre a situação de desastre na saúde pública municipal, que não tem sido priorizada.

A parlamentar enfatizou que a administração municipal precisa colocar em prática políticas públicas que tornem os serviços de saúde mais eficazes.

Foto: Matheus Santos/Viagora
Vereadora Pollyanna Rocha

“Não tem nada em ordem nesta gestão, temos visto muitos absurdos, inclusive da pasta da saúde. É necessário um olhar principalmente voltado às pessoas mais necessitadas, que dependem desses serviços para que tudo esteja em ordem para receber o teresinense que depende desse sistema, dessa ordem e trabalho em equipe. Estamos aqui para cobrar e fiscalizar, acredito que muitos fazem o dever de casa, mas não depende só do legislativo”, declarou.

Pollyanna já foi presidente da Comissão de Saúde na Câmara e afirmou que empenhou seu trabalho com o objetivo de fiscalizar a prefeitura. Atualmente, a parlamentar avaliou que apesar das fiscalizações, o setor está ainda mais precário. A vereador mencionou o caso do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) que registra denúncias recorrentes apontando a falta de insumos e materiais básicos.

“Hoje a gente vê que a saúde da nossa cidade está cada vez mais precária. Os hospitais de grande porte, como o HUT, que é o principal hospital da nossa cidade, faltando insumos, materiais necessários para se fazer as cirurgias, as farmácias dentro das UBS não tem remédio de forma alguma, os CAPS não tem os psicotrópicos que são os medicamentos para as pessoas que têm algum problema mental, psicológico”, explicou 

Entenda o caso

Nessa terça-feira (05), o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) solicitou ao Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM-PI), através de ofício jurídico, a urgente interdição ética do trabalho médico no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

De acordo com o SIMEPI, após o recebimento de denúncias que apontaram a ausência de condições mínimas de trabalho, além da estrutura precária, foi necessário pedir que os médicos sejam proibidos de trabalhar, a fim de salvaguardar a segurança do profissional, bem como dos pacientes.

O sindicato também tomou conhecimento acerca do desabastecimento da farmácia do HUT, que há meses não dispõe de medicamentos básicos, como antibióticos, analgésicos e morfina.

Posicionamento do CRM-PI

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), Dr. João Araújo Moura Fé, se posicionou nesta quinta-feira (07), em vídeo obtido pelo Viagora, sobre o caso e revelou que existe a possibilidade de interdição ética parcial no HUT.

Segundo o conselho, uma fiscalização foi realizada na unidade de saúde nessa quarta-feira (06), onde foram apurados os problemas denunciados e, após os levantamentos, a equipe técnica elaborou um relatório, que já foi encaminhado às autoridades competentes.

“Encaminhamos o relatório para as autoridades competentes para que as irregularidades sejam solucionadas, de uma maneira administrativa, mas se isso persistir, nós podemos aprovar indício de interdição ética parcial em alguns setores do HUT para que resolvam esses problemas”, afirmou.

Se as irregularidades identificadas no maior hospital de urgência da capital não forem sanadas, o presidente do CRM-PI, Dr. João Araújo, declarou que alguns setores do HUT podem ser interditados.

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