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Em programa de TV Barack Obama cita polêmica de republicano sobre estupro

"Estupro é estupro. É um crime", disse Obama em entrevista a Jay Leno. Presidente também prometeu tirar o país do "abismo fiscal".

O presidente dos EUA, Barack Obama, candidato à reeleição, deixou a leveza de lado durante entrevista ao apresentador Jay Leno, na noite de quarta-feira, ao comentar a polêmica declaração de um político republicano sobre estupro, e para manifestar a esperança de em breve resolver o "abismo fiscal" que ameaça o país.

" Vou fazer uma proposição muito simples: estupro é estupro. É um crime", disse Obama no programa "The Tonight Show", da rede NBC. "É exatamente por isso que a gente não quer um bando de políticos, principalmente homens, tomando decisões sobre a saúde das mulheres."

Num debate na terça-feira, o candidato republicano ao Senado por Indiana, Richard Mourdock, disse, explicando sua posição contra o aborto, que a gravidez causada por estupro é "algo que Deus pretendia que acontecesse". A frase teve grande repercussão nos EUA, e os democratas rapidamente tentaram associá-la ao candidato presidencial republicano, Mitt Romney.

A campanha de Romney disse que o candidato discorda das posições de Moudock, assim como meses atrás ele já havia se distanciado de outro político republicano, Todd Akin, que falou em "estupro legítimo".
Imagem: ReproduçãoO presidente dos EUA, Barack Obama, durante entrevista com Jay Leno nesta quarta-feira (24) em Burbank, na Califórnia (Imagem:Reprodução)O presidente dos EUA, Barack Obama, durante entrevista com Jay Leno nesta quarta-feira (24) em Burbank, na Califórnia
Numa entrevista cheia de piadas sobre casamento, Halloween e outros assuntos, o presidente democrata fez alguns comentários sérios, principalmente acerca do principal tema da campanha: a economia.

Questionado sobre o chamado abismo fiscal --uma combinação de cortes automáticos nos gastos públicos e de aumentos tributários, previstos para o começo de 2013--, Obama disse estar confiante em uma solução ainda neste ano.

"Resolver isso não é tão difícil. Exige algumas escolhas difíceis", disse Obama, acrescentando que alguns programas precisarão de fato ser cortados, e que as alíquotas tributárias deveriam subir para pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano.

"Espero que consigamos fazer isso até o final do ano. Exige só algum compromisso, o que não deveria ser palavrão."

Num momento mais descontraído, ele ironizou o magnata imobiliário e apresentador de TV Donald Trump, que recentemente divulgou um vídeo desafiando Obama a divulgar documentos sobre sua formação educacional.

Trump questiona repetidamente se Obama, nativo do Havaí, realmente nasceu nos EUA, e Obama zombou das teorias de Trump sobre as origens do presidente.

"Isso tudo data de quando fomos criados juntos no Quênia", brincou Obama, que é filho de um queniano. "Tínhamos, sabe, constantes atritos no campo de futebol. Ele não era muito bom, e se ressentia disso."

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