Tempo e custo de traslado são problemas para usuários de Confins Minas Gerais
Ida para aeroporto pode demorar mais do que voo para RJ ou SP.
Para quem vai sair de Minas Gerais pelo aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, o maior transtorno costuma ocorrer antes de pegar o avião. Com uma infraestrutura precária de transporte, chegar até o local custa tempo e paciência.
Confins – que vai a leilão nesta sexta-feira (22) – está em obras para ampliação. Apesar disso, não há nenhum projeto previsto para melhorar o transporte até o local, segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop).
O tempo de traslado até Confins pode ser maior do que o tempo de voo para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. As dificuldades para se chegar ao aeroporto fazem com que pessoas até prefiram viajar de ônibus para algumas cidades.
“Envolve muito estresse, tem que comprar passagem com antecedência. Não compensa ir de avião para o Rio”, diz a publicitária Maria Carolina Caiafa.
O empresário Lincoln Fernandes, de Belo Horizonte, viaja de duas a três vezes por semana. E mesmo saindo, às vezes, com até mais de duas horas de antecedência, enfrenta problemas. “É comum chegar em cima da hora. Tem me causado estresse. Sempre sou um dos últimos a entrar no avião”, conta.
Já quem mora em Betim, na Região Metropolitana, tem que reservar ainda mais tempo para o traslado. A cidade – pólo industrial do estado – recentemente ganhou o serviço da linha “Conexão”, porém, os horários ainda são escassos.
Moradora de Betim, a tabeliã Maria de Lourdes Felipetto conta que um de seus parentes chegou a sair sete horas antes do voo em um ônibus “Conexão”. “Para pegar um voo das 22h, ele tem que ir no ônibus das 15h e dai fica tomando "chá de aeroporto"”, diz.
Opções de traslado
Para chegar a Confins, além de carro próprio, o passageiro pode usar ônibus ou táxi. Segundo a Setop, em Belo Horizonte, cinco linhas de ônibus convencionais e uma executiva atendem o Aeroporto de Confins. As convencionais têm pontos de partida na rodoviária e no Aeroporto da Pampulha e custam R$ 8,90, de acordo com a secretaria. Já a executiva – Conexão – sai da Avenida Álvares Cabral e custa R$ 19,70. Há também a linha Conexão que sai de Betim, que custa R$ 30.
O translado de táxi do centro da capital mineira custa em média R$ 110; já da região Centro-Sul, R$130. Se a pessoa resolver pegar um táxi de Betim para Confins, ela vai gastar cerca de R$ 175.
O especialista em planejamento de sistemas de transportes urbanos Dimas Alberto Gazolla defende duas alternativas para o transporte até Confins: uma canaleta exclusiva de veículos leves sobre trilhos (VLTs) ou monotrilhos também exclusivos. No caso dos monotrilhos, poderiam ser composições maiores ou menores – um sistema que funciona como elevador horizontal com no máximo cinco pessoas.
Segundo Gazolla, a tendência é que o trânsito piore na Linha Verde, principal via de acesso de Belo Horizonte para Confins, nos próximos 5 a 10 anos e a situação do traslado se agrave devido à urbanização. Esse transporte exclusivo para o aeroporto teria estações de embarque e desembarque na área central e o passageiro complementaria com táxi e ônibus executivo, concluiu o especialista.
Confins – que vai a leilão nesta sexta-feira (22) – está em obras para ampliação. Apesar disso, não há nenhum projeto previsto para melhorar o transporte até o local, segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop).
O tempo de traslado até Confins pode ser maior do que o tempo de voo para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. As dificuldades para se chegar ao aeroporto fazem com que pessoas até prefiram viajar de ônibus para algumas cidades.
“Envolve muito estresse, tem que comprar passagem com antecedência. Não compensa ir de avião para o Rio”, diz a publicitária Maria Carolina Caiafa.
O empresário Lincoln Fernandes, de Belo Horizonte, viaja de duas a três vezes por semana. E mesmo saindo, às vezes, com até mais de duas horas de antecedência, enfrenta problemas. “É comum chegar em cima da hora. Tem me causado estresse. Sempre sou um dos últimos a entrar no avião”, conta.
Já quem mora em Betim, na Região Metropolitana, tem que reservar ainda mais tempo para o traslado. A cidade – pólo industrial do estado – recentemente ganhou o serviço da linha “Conexão”, porém, os horários ainda são escassos.
Moradora de Betim, a tabeliã Maria de Lourdes Felipetto conta que um de seus parentes chegou a sair sete horas antes do voo em um ônibus “Conexão”. “Para pegar um voo das 22h, ele tem que ir no ônibus das 15h e dai fica tomando "chá de aeroporto"”, diz.
Opções de traslado
Para chegar a Confins, além de carro próprio, o passageiro pode usar ônibus ou táxi. Segundo a Setop, em Belo Horizonte, cinco linhas de ônibus convencionais e uma executiva atendem o Aeroporto de Confins. As convencionais têm pontos de partida na rodoviária e no Aeroporto da Pampulha e custam R$ 8,90, de acordo com a secretaria. Já a executiva – Conexão – sai da Avenida Álvares Cabral e custa R$ 19,70. Há também a linha Conexão que sai de Betim, que custa R$ 30.
O translado de táxi do centro da capital mineira custa em média R$ 110; já da região Centro-Sul, R$130. Se a pessoa resolver pegar um táxi de Betim para Confins, ela vai gastar cerca de R$ 175.
O especialista em planejamento de sistemas de transportes urbanos Dimas Alberto Gazolla defende duas alternativas para o transporte até Confins: uma canaleta exclusiva de veículos leves sobre trilhos (VLTs) ou monotrilhos também exclusivos. No caso dos monotrilhos, poderiam ser composições maiores ou menores – um sistema que funciona como elevador horizontal com no máximo cinco pessoas.
Segundo Gazolla, a tendência é que o trânsito piore na Linha Verde, principal via de acesso de Belo Horizonte para Confins, nos próximos 5 a 10 anos e a situação do traslado se agrave devido à urbanização. Esse transporte exclusivo para o aeroporto teria estações de embarque e desembarque na área central e o passageiro complementaria com táxi e ônibus executivo, concluiu o especialista.
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