Bebê nasce morto por negligência médica, diz família em Uberlândia
Paciente pediu para médicos fazerem cesárea, mas não foi atendida. Hospital Municipal irá encaminhar caso à Comissão de Ética Médica.
A copeira Vanessa Gomes de Oliveira, de 27 anos, daria a luz ao segundo filho nesta semana se não fosse por uma negligência médica, segundo os familiares. Depois do rompimento da bolsa, a mãe foi levada ao Hospital e Maternidade Municipal de Uberlândia onde aguardou por 12 horas a realização do parto e, quando finalmente conseguiu fazer a cirurgia cesárea, a criança nasceu morta. A família de Vanessa disse que os médicos não queriam fazer o parto normal e também não fizeram a ultrassonografia para saber se havia líquido amniótico suficiente para manter o bebê vivo. A diretoria do hospital esclareceu que todos os procedimentos foram feitos na presença do pai e o caso será encaminhado à Comissão de Ética Médica.
Uma tia da paciente, que acompanhou todo o drama da sobrinha e preferiu não ter o nome divulgado, contou que às 00h do último sábado (1º) a bolsa havia rompido. O marido a levou para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Martins e de lá foi encaminhada ao Hospital Municipal. Quando chegaram ao local, Vanessa foi internada e o médico de plantão disse que faria o parto normal da criança, mas era preciso aguardar a dilatação.
Os batimentos do bebê e a dilatação da paciente foram acompanhados durante todo o tempo, no entanto, nenhuma ultrassonografia foi feita. "As horas foram passando e a Vanessa não estava mais aguentando as dores. Pediu para que o médico realizasse a cesariana, mas ele não quis e também não pediu nenhum ultrassom. O médico trocou o plantão logo pela manhã e disse, antes de ir embora, que ela já estava com oito centímetros de dilatação. Mas quando o outro médico que assumiu o plantão constatou que estava apenas com quatro, ou seja, já tinha algo errado. Ela pediu mais uma vez para fazer cesárea e o segundo médico disse para aguardar. Ele também não pediu ultrassom", relatou a tia.
Doze horas se passaram quando o médico constatou que realmente não dava para esperar pelo parto normal e, segundo a tia, ele pediu para a paciente ir para a sala de cirurgia. Já era 12h30 de domingo (3).
"Ninguém deu atenção para o pedido dela de fazer a cesárea e mesmo com toda a dor que ela estava sentindo nem ao menos a cadeira de rodas eles disponibilizaram para ela. Ela teve que ir andando", disse revoltada.
Quando o parto foi feito, o pequeno Natan (nome que seria dado à criança) com quase 3 kg, já estava morto, aparentemente por causa de parada cardíaca e respiratória. Ainda segundo a tia, o médico explicou que o útero da paciente tinha sofrido um rompimento, mas que a equipe médica já teria reconstituído o órgão.
Indignados e tristes com a situação, nesta quarta-feira (6), familiares postaram o caso no Facebook com o intuito de alertar a população uberlandense e questionar o atendimento da Saúde na cidade. "O Natan tinha tudo para ser um garoto saudável, mas nasceu morto por negligência dos médicos. Foi horrível ter que sepultar uma criança tão linda, que podia estar saudável com a gente", comentou a tia emocionada.
O marido de Vanessa solicitou o prontuário da paciente e apresentará os laudos médicos a um advogado para saber de seus direitos. "Hoje eu irei no hospital buscar o prontuário para saber detalhadamente o que aconteceu, o que causou a morte do meu filho. Depois vou procurar um advogado para ver o que ele me orienta", disse.
Por meio de nota, a diretoria do Hospital e Maternidade Municipal Doutor Odelmo Leão Carneiro (HMMDOLC) informou que foram seguidos os protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a realização de parto normal. Após súbita piora dos batimentos cardíacos do feto, foi realizada cesárea de urgência na qual foram constatadas rotura uterina e implantação anterior da placenta no local do rompimento, que causaram o óbito fetal e risco de morte para a mãe.
Ainda de acordo com as informações repassadas pelo hospital, todos os procedimentos foram realizados na presença do pai e o caso será encaminhado à Comissão de Ética Médica para averiguação. A diretoria disse que se solidariza com os familiares neste momento de dor e sofrimento, colocando-se à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que forem necessários. Os nomes dos médicos responsáveis pelo atendimento da paciente não foram divulgados.
Uma tia da paciente, que acompanhou todo o drama da sobrinha e preferiu não ter o nome divulgado, contou que às 00h do último sábado (1º) a bolsa havia rompido. O marido a levou para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Martins e de lá foi encaminhada ao Hospital Municipal. Quando chegaram ao local, Vanessa foi internada e o médico de plantão disse que faria o parto normal da criança, mas era preciso aguardar a dilatação.
Os batimentos do bebê e a dilatação da paciente foram acompanhados durante todo o tempo, no entanto, nenhuma ultrassonografia foi feita. "As horas foram passando e a Vanessa não estava mais aguentando as dores. Pediu para que o médico realizasse a cesariana, mas ele não quis e também não pediu nenhum ultrassom. O médico trocou o plantão logo pela manhã e disse, antes de ir embora, que ela já estava com oito centímetros de dilatação. Mas quando o outro médico que assumiu o plantão constatou que estava apenas com quatro, ou seja, já tinha algo errado. Ela pediu mais uma vez para fazer cesárea e o segundo médico disse para aguardar. Ele também não pediu ultrassom", relatou a tia.
Doze horas se passaram quando o médico constatou que realmente não dava para esperar pelo parto normal e, segundo a tia, ele pediu para a paciente ir para a sala de cirurgia. Já era 12h30 de domingo (3).
"Ninguém deu atenção para o pedido dela de fazer a cesárea e mesmo com toda a dor que ela estava sentindo nem ao menos a cadeira de rodas eles disponibilizaram para ela. Ela teve que ir andando", disse revoltada.
Quando o parto foi feito, o pequeno Natan (nome que seria dado à criança) com quase 3 kg, já estava morto, aparentemente por causa de parada cardíaca e respiratória. Ainda segundo a tia, o médico explicou que o útero da paciente tinha sofrido um rompimento, mas que a equipe médica já teria reconstituído o órgão.
Indignados e tristes com a situação, nesta quarta-feira (6), familiares postaram o caso no Facebook com o intuito de alertar a população uberlandense e questionar o atendimento da Saúde na cidade. "O Natan tinha tudo para ser um garoto saudável, mas nasceu morto por negligência dos médicos. Foi horrível ter que sepultar uma criança tão linda, que podia estar saudável com a gente", comentou a tia emocionada.
O marido de Vanessa solicitou o prontuário da paciente e apresentará os laudos médicos a um advogado para saber de seus direitos. "Hoje eu irei no hospital buscar o prontuário para saber detalhadamente o que aconteceu, o que causou a morte do meu filho. Depois vou procurar um advogado para ver o que ele me orienta", disse.
Por meio de nota, a diretoria do Hospital e Maternidade Municipal Doutor Odelmo Leão Carneiro (HMMDOLC) informou que foram seguidos os protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a realização de parto normal. Após súbita piora dos batimentos cardíacos do feto, foi realizada cesárea de urgência na qual foram constatadas rotura uterina e implantação anterior da placenta no local do rompimento, que causaram o óbito fetal e risco de morte para a mãe.
Ainda de acordo com as informações repassadas pelo hospital, todos os procedimentos foram realizados na presença do pai e o caso será encaminhado à Comissão de Ética Médica para averiguação. A diretoria disse que se solidariza com os familiares neste momento de dor e sofrimento, colocando-se à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que forem necessários. Os nomes dos médicos responsáveis pelo atendimento da paciente não foram divulgados.
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