Em discurso, Nicolás Maduro insinua que opositor é gay
Maduro fez uma insinuação sobre a sexualidade do candidato da oposição, o governador Henrique Capriles, solteiro de 40 anos.
"Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres", disse Nicolás Maduro no discurso a uma multidão que acompanhou, no centro de Caracas, a inscrição de sua candidatura para disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 14 de abril.
Ato seguido, o presidente interino de 50 anos beijou a mulher, a também alta dirigente chavista, Cília Flores, que ontem se afastou do cargo equivalente ao de advogada-geral da União para ajudar na campanha do marido. No palco, filhos e netos do casal.
Maduro fazia uma insinuação sobre a sexualidade do candidato da oposição, o governador Henrique Capriles, solteiro de 40 anos, mais um elemento da agressiva campanha que se inicia enquanto milhares ainda fazem fila para visitar o velório de Hugo Chávez, morto há uma semana.
Capriles, que mandou representantes inscreverem sua candidatura, reagiu à noite. "Quero enviar uma palavra de rechaço às declarações homofóbicas de Maduro. Não é a primeira vez. Creio numa sociedade sem exclusão, na qual ninguém se sinta excluído por sua forma de pensar, seu credo, sua orientação sexual."
Maduro, em 2012, chamou Capriles de "maricón" (gay), o que provocou protestos de ativistas, e agora também se refere a ele como "senhorito", por ele ser solteiro.
CÍVICO-MILITAR
O dia também foi de reação dos governistas ao questionamento de Capriles, anteontem, à data da morte de Chávez e suas críticas ao ministro da Defesa, Diego Molero, que disse que as Forças Armadas ajudarão a eleger Maduro.
Presentes no ato de inscrição da candidatura governista, altos representantes da ala militar do chavismo defenderam Molero e elogiaram que Maduro, no poder, mencione sempre o "alto comando cívico-militar" como instância para tomada de decisões.
Para especialistas de Defesa, a instância que reúne chefes militares e o gabinete não existe legalmente e mostra uma perigosa participação dos quartéis na política.
Sinalizaria o desejo de Maduro, civil escolhido por Chávez como herdeiro político, de manter ao lado uma das alas mais poderosas do chavismo.
Para o governador de Nova Esparta e ex-ministro da Defesa Carlos Mata Figueroa (2010-2012), é uma atitude "inteligente" de Maduro ampliar a participação militar. Henry Rangel, também ex-ministro (2012), diz que o interino faz bem em "visibilizar" a relação.
Hoje a maioria chavista da Assembleia Nacional deve aprovar um referendo para decidir se o restos de Chávez serão levados ao Panteão Nacional, onde estão heróis do país.
Ato seguido, o presidente interino de 50 anos beijou a mulher, a também alta dirigente chavista, Cília Flores, que ontem se afastou do cargo equivalente ao de advogada-geral da União para ajudar na campanha do marido. No palco, filhos e netos do casal.
Maduro fazia uma insinuação sobre a sexualidade do candidato da oposição, o governador Henrique Capriles, solteiro de 40 anos, mais um elemento da agressiva campanha que se inicia enquanto milhares ainda fazem fila para visitar o velório de Hugo Chávez, morto há uma semana.
Capriles, que mandou representantes inscreverem sua candidatura, reagiu à noite. "Quero enviar uma palavra de rechaço às declarações homofóbicas de Maduro. Não é a primeira vez. Creio numa sociedade sem exclusão, na qual ninguém se sinta excluído por sua forma de pensar, seu credo, sua orientação sexual."
Maduro, em 2012, chamou Capriles de "maricón" (gay), o que provocou protestos de ativistas, e agora também se refere a ele como "senhorito", por ele ser solteiro.
CÍVICO-MILITAR
O dia também foi de reação dos governistas ao questionamento de Capriles, anteontem, à data da morte de Chávez e suas críticas ao ministro da Defesa, Diego Molero, que disse que as Forças Armadas ajudarão a eleger Maduro.
Presentes no ato de inscrição da candidatura governista, altos representantes da ala militar do chavismo defenderam Molero e elogiaram que Maduro, no poder, mencione sempre o "alto comando cívico-militar" como instância para tomada de decisões.
Para especialistas de Defesa, a instância que reúne chefes militares e o gabinete não existe legalmente e mostra uma perigosa participação dos quartéis na política.
Sinalizaria o desejo de Maduro, civil escolhido por Chávez como herdeiro político, de manter ao lado uma das alas mais poderosas do chavismo.
Para o governador de Nova Esparta e ex-ministro da Defesa Carlos Mata Figueroa (2010-2012), é uma atitude "inteligente" de Maduro ampliar a participação militar. Henry Rangel, também ex-ministro (2012), diz que o interino faz bem em "visibilizar" a relação.
Hoje a maioria chavista da Assembleia Nacional deve aprovar um referendo para decidir se o restos de Chávez serão levados ao Panteão Nacional, onde estão heróis do país.
Imagem: ReproduçãoNicolás Maduro acena à multidão após se inscrever como candidato no Conselho Nacional Eleitoral, na capital, Caracas
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