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Violência no Egito preocupa ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter

Político diz que situação ameaça qualquer esperança de reconciliação. Carter foi mediador de acordos de paz entre Egito e Israel em 1978.

O ex-presidente americano Jimmy Carter pediu calma ao Egito neste sábado (17) e advertiu que a escalada de violência ameaça qualquer esperança de futura reconciliação.
Mais de 750 pessoas morreram em quatro dias de violência esta semana, após uma sangrenta repressão no Cairo contra os militantes do presidente islamita Mohamed Mursi, deposto pelo Exército.

O banho de sangue foi amplamente condenado pela comunidade internacional, e Carter pediu às forças de segurança que mostrem mais contenção. "Estou profundamente preocupado que a continuação da violência no Egito destrua rapidamente as chances de diálogo e de um caminho para a reconciliação", disse o ex-presidente.

"Os recentes confrontos já resultaram em centenas de mortes, e voltar-se um contra o outro levará a mais dor e sofrimento", frisou.

Carter pediu às forças policiais que "permaneçam dentro de limites razoáveis" e mostrem um "respeito fundamental pelos direitos humanos" de seus compatriotas. O ex-presidente mediou os Acordos de Paz de Camp David, de 1978, entre Egito e Israel.

O presidente Barack Obama foi criticado nos Estados Unidos pela maneira como administrou a crise egípcia, resistindo a cortar a ajuda às forças militares desse país. Em recente editorial, o jornal "The Washington Post" ressaltou que o governo Obama foi "cúmplice" da repressão, porque mostrou aos governantes egípcios que "suas ameaças não eram críveis".
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