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Acidentes com motocicleta lidera as causas de entrada no HUT

Dentre esses atendimentos 2.086 são homens e 704 mulheres, sendo que quase 60% tem idade entre 21 e 40 anos.

No primeiro trimestre deste ano o setor de estatística do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) registrou 2.712 atendimentos apenas de vítimas de acidentes envolvendo motocicletas. Dentre esses atendimentos 2.086 são homens e 704 mulheres, sendo que quase 60% tem idade entre 21 e 40 anos.

Esses dados, de acordo com Dr. Gilberto Albuquerque, diretor geral do HUT, continuam alarmantes e já podem ser considerados um problema de saúde pública. “Os motociclistas precisam ser mais prudentes no trânsito e utilizar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os acidentes estão cada vez mais graves e deixando a maioria das vítimas com sequelas permanentes. São pessoas economicamente ativas que passam a comprometer a renda de toda a família”, explica o diretor.

A cada seis atendimentos que o HUT realiza um é de acidente por motocicleta. Isso representa quase 16% de todo atendimento. Seguido por Mal Súbito com 13,6% e Dor Abdominal com 8,5%. Por mês o HUT realiza uma média de seis mil atendimentos e 1.200 cirurgias.

Francisco das Chagas, de 29 anos, está internado na Clínica Ortopédica do HUT desde o dia 25 de março, depois de um acidente entre um ônibus e a moto em que estava como passageiro. Francisco relata que o piloto da moto não calculou direito a distancia que estavam do ônibus e ao tentar fazer uma curva colidiu com o mesmo sendo que ele foi arremessado para debaixo do veículo e o pneu da frente passou por cima da perna esquerda dele. Ambos tinham consumido bebida alcoólica.

“Tive muita sorte. Minha perna parou dentro de uma vala e o pneu passou por cima. Já passei por três procedimentos e ainda vou precisar passar por mais. Estou feliz de estar vivo e tudo que quero agora é poder ver meu filho”, relata Francisco, acrescentando que por conta do tratamento prolongado ficará sem trabalhar e por isso entrará com um pedido de auxilio doença no INSS.

O médico ortopedista, Dr. Durval Tercio, que acompanha o caso de Francisco explicou que ele vai ficar com sequelas, pois teve lesões graves de partes moles, incluindo tendões e amputação de dedo. “Francisco ficará com limitação de movimento do tornozelo e do pé. O tempo de recuperação total poderá se estender de seis a doze meses. Tudo dependerá da sua resposta ao tratamento”.
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