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"Só recebia fazendo acordo", diz empresário da Emvipi na CPI

Segundo o empresário Afrânio Euclides, havia uma dificuldade em relação aos pagamentos por parte da Prefeitura de Teresina, que segundo ele não eram efetuados em dias.

Nesta quinta-feira (20), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte de Teresina ouviu o representante da empresa Emvipi, uma das empresas do Consócio Poty, responsável pelo transporte na zona Norte de Teresina, que explicou aos vereadores sobre a atuação da empresa na capital e informou que a prefeitura só realizava os repasses ao setor por meio de acordos judiciais.

De acordo com o empresário Afrânio Euclides Sousa, havia uma dificuldade em relação aos pagamentos por parte da Prefeitura de Teresina, que segundo ele não eram efetuados em dias, e ressalta que dessa forma não haviam condições das empresas de ônibus cumprir o que foi estabelecido no contrato.

  • Foto: Luís Marcos/ViagoraAfrânio Euclides Sousa, Representante da EnvipiAfrânio Euclides Sousa, representante da Emvipi

"Foram acordos feitos depois do atraso, e é ruim. A gente receber salário todo mês e viver é uma coisa, agora receber salário atrasado a gente não consegue nem viver. No nosso caso, a gente só recebia fazendo acordo judicial, e aí do dia a dia, do mês que estamos trabalhando, não recebia. Juntava uma bola de neve, fazia outro acordo. Não dá pras empresas sobreviverem, fazer as coisas corretamente sendo sempre no atraso", comenta o empresário.

Segundo Afrânio Euclides, na gestão anterior sempre que havia um problema no transporte, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) chamava os empresários para resolver, e relata que até o momento não conseguiram fechar um acordo com a atual gestão.

  • Foto: Luís Marcos/ViagoraAfrânio Euclides Sousa, Representante da EnvipiRepresentante da Emvipi

"Quem vive no atraso não consegue fazer o que tá escrito no edital. [...] Na gestão anterior, todos os problemas de transporte eles chamavam na Strans. Pra resolver problemas de sinalização, chamavam pra readequar os horários, o Sintetro ia reivindicar seus direitos e a Strans na época resolvia. Tudo a gente recorria à Strans, e a Strans fazia nosso apelo. De janeiro até agora, estamos em maio, e nós não tivemos condições nenhuma de ter nenhum acordo com a prefeitura", disse o empresário no depoimento.

  • Foto: Luís Marcos/ ViagoraBancada da câmara municipal de TeresinaBancada da câmara municipal de Teresina

O empresário destacou ainda que a empresa Emvipi possui 40 ônibus, mas que somente 11 estão circulando na cidade atualmente devido a pandemia que ocasionou a redução no número de passageiros.

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