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Sem acordo, motoristas e cobradores continuam greve dos ônibus em Teresina

Após audiência realizada com o Sintetro-PI, o Setut e representantes do Ministério Público do Trabalho, a categoria decidiu manter a greve.

A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina completou 28 dias neste sábado, 13 de maio. Os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho, pagamento de dois meses de salários atrasados e recontratação de 400 motoristas demitidos durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI), na última quarta-feira (10) aconteceu uma audiência virtual da categoria com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar sobre a greve.

Na audiência, os empresários do setor apresentaram uma proposta onde seria reduzido o número de cobradores em 50% da frota de ônibus, a suspensão do ticket alimentação e redução dos salários dos trabalhadores.

“Na mesa de conciliação foi discutidas várias pautas, demissões, manutenção dos benefícios, pagamento de salários, renovação da convenção coletiva, e manutenção das cláusulas negociáveis. Foi uma discussão ampla de quase duas horas, mas não houve nenhum avanço. Nós não aceitamos a proposta patronal, porque não vem de encontro ao que os trabalhadores precisam nesse momento, pedimos aos trabalhadores paciência, mesmo diante desse cenário tão difícil”, informou o presidente interino do Sintetro-PI, Ajuri Dias.

Como não houve consenso entre as partes na reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho, o Sintetro-PI informou que entrará com ação de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, para que a questão seja decidida pelo Poder Judiciário.

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