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Horticultores reclamam de furtos constantes na horta do Dirceu I

A Secretaria Municipal de Produção Agropecuária informou que está fazendo o zoneamento dos campos agrícolas e hortas das zonas urbanas da capital.

  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 1 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Maria Alves, Agricultora 2 / 10 Maria Alves, Agricultora
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 3 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 4 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 5 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 6 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 7 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 8 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Hortas, Zona Sudeste 9 / 10 Hortas, Zona Sudeste
  • Luis Marcos/ Viagora Raimunda Lopes, Agricultora 10 / 10 Raimunda Lopes, Agricultora

A Horta Comunitária do Dirceu I, localizada na zona Sudeste de Teresina, foi criada com o intuito de incentivar a produção natural de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade. No local, várias famílias garantem o sustento com as vendas dos produtos cultivados. No entanto, horticultores relataram ao Viagora que os constantes furtos vêm interferindo em suas rotinas de trabalho.

Segundo a horticultora Maria Alves, além de roubarem as plantações, eles causam prejuízos dentro dos canteiros, já que os criminosos entram nos terrenos para realizarem as ações, danificando os cultivos.

"Todo tempo tem roubo. Eles roubam e ainda pisam nas plantações. Eles costumam roubar coentro, cebola, o que eles acharem. Ninguém ver. Ninguém sabe quem é. Não podemos fazer nada. Todo tempo teve roubo, agora só aumentou. Todos os dias eles furtam os produtos. Além de roubarem, eles ainda destroem os canteiros aqui de dentro. Eles roubam até os materiais de limpeza", relatou a agricultora.

Dona Maria que trabalha na horta comunitária há 10 anos, ainda conta que os ladrões costumam agir quando os horticultores encerram os seus trabalhos, por volta do meio dia. "Quando estamos aqui eles não roubam os produtos. Nós costumamos sair do local às 12 horas. Esse é o momento que eles praticam os furtos. Quando chegamos no outro dia, não tem nada".

O mesmo relato é repetido por Luís Pereira, agricultor que trabalha na horta também há 10 anos. Ele conta que nenhum órgão responsável esteve presente no local para tentar solucionar o problema. ‘

’Nós passamos a noite esperando alguém entrar. Quando eles entram, falamos com eles pra não fazerem isso. Mas dois ou três dias eles retornam. Eles costumam passar na rua aqui em frente observando se estamos fazendo as produções. Nós temos dúvidas de quem comete esses crimes, mas ninguém vai falar sobre isso, já que não temos certeza’’, explica.

Conforme Raimunda Lopes, de 76 anos, os criminosos costumam furtar todas as plantações, principalmente coentro. Ela relata que em dias específicos da semana, eles roubam canteiros inteiros. ‘’Eles levam, e nós ficamos no prejuízo. As vezes eles param de pegar as plantações. Agora, por exemplo, não tem nenhum cultivo que eles queiram, pois já levaram as folhas de alface e também couve-flor. Sempre aconteceu, mas nunca tomaram nenhuma providência para acabar com isso’’, conta.

A horta do Dirceu é considerada o maior seguimento comunitário em área urbana da América Latina. Em 2020, a Prefeitura de Teresina divulgou que  as hortas da capital receberiam R$ 477 mil reais para a revitalização, construção de cercas, pinturas, serviços de limpeza, além de construção de banheiros.

Outro lado

Procurada pelo Viagora, a Secretaria Municipal de Produção Agropecuária (SEMP) emitiu uma nota sobre o assunto.

Confira abaixo a nota na íntegra:

  • Foto: Divulgação/SEMPNota Informativa da SEMPNota Informativa da SEM

A reportagem também procurou  a assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Piauí sobre o assunto. ‘’Nossa presença no local será intensificada. Em termos de policiamento, o que posso dizer é que iremos passar para o Batalhão da área para ver se conseguimos ter uma presença mais efetiva. Mas apenas essa ação não vai acabar completamente o problema, é necessário que a população busque o órgão responsável'', explicou o Major Thiago.

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