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Refugiados venezuelanos em Teresina respondem ao Censo 2022

Segundo o Censo Demográfico deste ano, em Teresina, existem mais três abrigos, que acolhem um total de 262 pessoas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou a inclusão, para o Censo Demográfico 2022, de famílias indígenas venezuelanas que se encontram refugiadas na capital piauiense, Teresina.

Segundo o IBGE, houve a inspeção no centro de treinamento do Instituto de Assistência Técnica de Extensão Rural do Piauí (Emater) onde mais de uma centena de indígenas da etnia Warao vivem no mesmo lugar. As salas de aula foram transformadas em unidades domiciliares, nas quais residem de duas a três famílias em cada. Em Teresina, existem mais três abrigos, que acolhem um total de 262 pessoas.

Para a coordenadora censitária de subárea Enyere Nascimento, mesmo falando espanhol, parte dos refugiados mantém o dialeto natal, a língua Warao, então foi necessário daqueles que conseguem desenvolver o conhecido popularmente como ‘portunhol’.

“Eu falo espanhol, então consigo me comunicar com boa parte deles. Uma minoria fala apenas a língua Warao, então contamos com ajuda do Jovini – que fala um ‘portunhol’ e consegue traduzir pra gente”, informa a censitária se referindo a um dos abrigados venezuelanos, Jovini Blanco que é natural de Tucupita, capital do estado de Delta Amacuro, na Venezuela e vive com sua família [mulher e três filhos] no Emater.

Conforme o coordenador técnico do Censo no Piauí, Pedro Andrade, explica a metodologia adotada pelo IBGE para definir quem entra na contagem. “No caso dos indígenas venezuelanos instalados em abrigos públicos, também são recenseados como moradores no Brasil, visto a permanência deles há mais de ano em território brasileiro”, esclarece. “Apesar de já receberem algum benefício do poder público, é importante o levantamento censitário deste povo para o planejamento de ações de políticas públicas”, completa.

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